EDP Renováveis e CTT carimbam dia otimista na praça de Lisboa

Na quarta-feira, o PSI conseguiu demarcar-se das fracas prestações dos principais mercados europeus, com as valorizações dos CTT (3,93%), da EDP Renováveis (3,77%) e de meia dúzia de outras cotadas a ditarem um desfecho positivo para o índice de referência nacional, que marcava +0,65% (6.950,11 pontos) aquando do toque de saída.

Em Portugal, os títulos da empresa de serviços postais foram negociados com otimismo eco da entrevista dada pela presidente executivo à ‘Bloomberg’, na qual admitiu a hipótese de venda da totalidade do Banco CTT.

No lote das empresas no ‘verde’ estiveram, ainda, a EDP (+1,77%; 3,805 euros), a Sonae (+1,29%; 0,9400 euros), que na terça-feira divulgou um resultado líquido atribuível aos acionistas de 25 milhões de euros referente ao primeiro trimestre do ano, a Corticeira Amorim (+1,06; 9,56 euros), a Altri (+1,05; 5,305 euros), a Ibersol (+0,27%; 7,50 euros) e a Altri (+1,05; 5,305 euros).

Em contracorrente, as ações da NOS e da Jerónimo Martins foram negociadas em baixa (-0,88%; 3,38 euros e 0,86%; 20,64 euros, respetivamente), seguidas da Navigator (-0,53; 4,100 euros), da REN (-0,40%; 2,485 euros), da Semapa (-0,25%; 16,18 euros), da Galp (-0,20%; 19,88 euros) e do BCP (-0,08%; 0,3560 euros).

No capítulo do mercado obrigacionista, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) emitiu ontem três mil milhões de euros em obrigações do Tesouro (OT) a 30 anos, numa venda sindicada. Também a Fidelidade atuou no mesmo sentido, tendo feito a primeira colocação de obrigações verdes do tipo Additional Tier 1 no valor de 500 milhões de euros, uma emissão verde Restricted Tier 1 resgatável após 5,5 anos; a empresa de seguros paga uma taxa de juro fixa de 7,75%, até 2029. É de assinalar, ainda, que o Banco Montepio informou o mercado sobre a emissão de títulos de dívida sénior preferencial elegível para MREL (passivos bail-ináveis), estando a liquidação agendada para o dia 29 de maio.

A leste, o espanhol IBEX perdia 0,05% (11.329,00 pontos), o francês CAC recuava 0,61% (8.092,11 pontos) e o alemão DAX desvalorizava 0,24% (18.682,11 pontos).

Em Espanha, o ‘Cinco Días’ noticiou que o Santander, que tem um valor bolsista de 76.627 milhões de euros, ultrapassou o BNP Paribas como banco mais valioso na bolsa de valores a nível europeu, explicado pela recuperação das ações protagonizada ao longo do ano.

No campo dos investimentos, segundo o relatório UBS Global Family Office Report 2024: balance is back, as carteiras mudaram para alocações mais equilibradas, com as maiores ponderações de títulos de rendimento fixo (obrigações) dos mercados desenvolvidos registadas nos últimos cinco anos.

“Os investimentos alternativos continuam a constituir uma parte significativa das carteiras, proporcionando uma fonte adicional de diversificação e de rendibilidade”, refere o banco suíço no documento divulgado na terça-feira.

Passando aos mercados do outro lado do Atlântico, a bolsa de Nova Iorque terminou a sessão desta quarta-feira em terreno negativo, com os investidores a reagirem com pouco ânimo às atas da mais recente reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed).

Discriminando por índice, o Dow Jones terminou o dia a cair 0,51% (39.671,04 pontos), o S&P 500 a recuar 0,27% (5.307,01 pontos), o Nasdaq a desvalorizar 0,18% (16.801,54 pontos), e o Russell 2000 0,85% (2.080,45 pontos).