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EDP revê em alta previsão de lucro para este ano

A elétrica nacional reviu em alta o resultado líquido, mas mantém as previsões para o EBITDA e a dívida líquida.
1º EDP: A empresa liderada por Miguel Stilwell mantém a liderança das marcas valiosas, com um valor de mercado de 2,4 mil milhões de euros, apesar de ter desvalorizado 4%.
3 Novembro 2023, 11h32

A EDP reviu hoje em alta a sua previsão de lucros para este ano. A companhia prevê mais 100 a 200 milhões de euros para um valor entre os 1.200 milhões a 1.300 milhões de euros. Já as previsões para o EBITDA e a dívida líquida permanecem intactas face à previsão anterior.

Quando apresentou os resultados do primeiro semestre, a EDP previa 5.000 milhões de EBITDA para este ano, com os lucros em 1.100 milhoes de euros e uma dívida líquida nos 15 mil milhões de euros.

Para 2023, o consenso dos analistas aponta para um EBITDA de 4.837 milhões de euros, e um lucro de 1.116 milhões de euros.

A EDP justifica esta revisão em alta com os impactos da “forte execução” da rotação de ativos, da consolidação da EDP Brasil, após a OPA, e as melhores condições de mercado e as “positivas perspetivas hídricas”, segundo a companhia.

O grupo EDP registou lucros não recorrentes de 946 milhões de euros até setembro, mais 83%. O resultado líquido foi suportado pela “recuperação da produção hídrica em Portugal em 61% face à seca extrema em 2022, assim como, pelo aumento de resultado líquido recorrente do Brasil no seguimento do sucesso da OPA sobre a EDP Brasil e pelo impacto das mais valias das duas transações de rotação de ativos em Espanha e na Polónia”.

Em termos de lucros recorrentes atingiram mais de mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, num crescimento de 100%, com este resultado a excluir “essencialmente” a imparidade registada no primeiro semestre com a central de Pecém no Brasil.

O EBITDA recorrente aumentou 26% para os 3.830 milhões de euros, “impulsionado pela subida da produção hídrica e normalização dos custos de abastecimento de eletricidade e gás face os primeiros nove meses de 2022, com impacto positivo na recuperação da margem integrada no mercado Ibérico”. 

Por seu turno, o EBITDA do segmento eólico e solarbaixou 4%, impactado de forma negativa por recursos eólicos abaixo da média, e redução de preços de eletricidade em mercados grossistas europeus face aos níveis record registados em 2022″. Num tom mais positivo, os ganhos naatividade de rotação de ativos renováveis tiveram um crescimento de 38%, totalizando 393 milhões de euros com a conclusão de duas transações significativas em Espanha e na Polónia”.

Na atividade de redes de eletricidade em Portugal, Espanha e Brasil, o EBTIDA diminuiu 2% face ao período homólogo para 1.115 milhões.

Na Península Ibérica, o EBTIDA recuou 3% devido aoimpacto da inflação nos custos operacionais”.

Até setembro, a dívida líquida subiu 28% face ao final de 2022 para 16,9 mil milhões de euros, “refletindo o financiamento do défice tarifário de 2,3 mil milhões de euros gerado em Portugal sobretudo durante o primeiro semestre de 2023 antes do aumento de tarifas e acesso as redes a 1 de julho, o investimento de 1,1 mil milhões de euros na aquisição dos minoritários da EDP Brasil, concluído no terceiro trimestre de 2023 e da aceleração do investimento em redes de eletricidade e renováveis”.

Esta subida foi compensada “parcialmente” por 1,4 mil milhões de cash flow orgânico e dois mil milhões de euros de aumentos de capital da EDP e EDP Renováveis realizados no primeiro triemstre de 2023.

Os custos financeiros líquidos subiram 9% para 635 milhões de euros, “em resultado do aumento do custo médio da dívida em 60 pontos base para os 4,9%”.

Já o investimento líquido de expansão subiu 36% para 3.895 milhões de euros.

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