Educação. Esquerda defende progressão nas carreiras dos professores e Governo aponta medidas já aplicadas

Os temas que têm provocado greves na educação, concretamente aqueles relacionados com as carreiras dos professores, foram também tema de debate na sessão plenária desta sexta-feira, sessão dedicada ao debate do OE2024 na especialidade.

Assim, o secretário de Estado da Educação, António Leite, defendeu as medidas do Governo em defesa dos professores face às criticas que recebeu por parte dos partidos de esquerda.

“As minhas palavras de resposta a acusações vãs são os professores a progredir desde 2018, sendo que neste momento estamos a 6% dos professores no topo da carreira e um número muitíssimo menor de professores nos índices iniciais ao contrário do que já aconteceu. Temos ainda professores a quem é aplicado o acelerador da carreira a quem já foi aplicado a mais de 5 mil e durante este ano serão 12 mil”, disse António Leite.

Por sua vez, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos frisou que “está nas mãos da Assembleia da República por fim à injustiça que afeta milhares de trabalhadores das carreiras especiais, nomeadamente os professores”

“O tempo trabalhado tem de ser contado, não pode ser apagado foram seis anos, seis meses e 23 dias que os professores tiveram nas escolas, ensinaram . tem de ser considerado na sua carreira”, sublinhou Paula Santos.

Do lado do BE, Joana Mortágua afirmou que “o governo quis fazer dos professores o pior exemplo, quis dizer ao país que não se negoceia com os representantes dos trabalhadores das funções essenciais do Estado e todos vimos o resultado disso”.

“A recuperação do tempo de serviço era e continua a ser a única coisa que pode debloquear uma negociação com professores que tanta falta fazem à escola pública”, destacou.