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Teixeira Duarte chega a acordo com BCP, CGD e Novobanco para refinanciar passivo bancário

A construtora chegou a um acordo com o Millenium BCP, a Caixa Geral de Depósitos e o Novobanco para o pagamento total da divida, no valor de 654,4 milhões de euros, e a contração de nova divida no valor de 541,1 milhões de euros, à qual acrescem mais 190 milhões de euros de divida corrente.
27 Março 2025, 19h06

O Grupo Teixeira Duarte refinanciou 95% do seu passivo bancário, após ter chegado a um acordo com o Millenium BCP, a Caixa Geral de Depósitos e o Novobanco para o refinanciamento da dívida no valor de 654,4 milhões de euros, informou a construtora à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta quinta-feira. A dívida a estes três bancos representa 95% de todo o passivo bancário da construtora.

A operação consiste na celebração de dois novos contratos de financiamento num montante global de 654,4 milhões bem como no estabelecimento de uma nova linha de garantias bancárias de montante máximo de 190 milhões.

As garantias são para a Teixeira Duarte poder entrar nos concursos, pois tal é exigido nas obras (construção civil e obras públicas).

“Os termos dos novos financiamentos, designadamente as respetivas remunerações e maturidades, promovem a estabilidade financeira e o desenvolvimento sustentado das atividades do Grupo”, garante a Teixeira Duarte.

Na sequência desta operação, “a dívida bruta do Grupo Teixeira Duarte aos bancos será reduzida de 654,4 milhões de euros para 576,1 milhões de euros, consolidando a trajetória constante de redução do passivo bancário”, pode ler-se no comunicado.

Nos termos do acordo de refinanciamento e renovação integral da sua dívida assinado entre a empresa EI01 – Empresa de Serviços Intragrupo (da Teixeira Duarte) – uma entidade dedicada à gestão de créditos, que concentrou a totalidade da dívida do Grupo Teixeira Duarte ao BCP, CGD e Novobanco – uma das tranches dos novos contratos de financiamento, no montante de 78,3 milhões, será integralmente amortizada mediante a entrega de ações de cinco sociedades de investimento coletivo imobiliárias a serem constituídas através da transformação de cinco sociedades imobiliárias do Grupo Teixeira Duarte, prevendo-se a concretização desta transação ainda no ano de 2025.

Isto quer dizer que os bancos fazem um novo financiamento de 654,4 milhões que cobre o anterior no mesmo valor, mas 12% desse crédito é amortizado pela Teixeira Duarte com ações de cinco sociedades de investimento coletivo imobiliárias do Grupo Teixeira Duarte. É na sequência desta amortização, que a dívida bruta do Grupo Teixeira Duarte aos bancos é reduzida de 654,4 milhões para 576,1 milhões de euros, “consolidando a trajetória constante de redução do passivo bancário”.

“Adicionalmente, decorrente do referido Acordo, a dívida nominal remanescente com os bancos, após a amortização da tranche acima indicada de 78,3 milhões, passará a ser apresentada como passivo não corrente um montante de 541,1 milhões, tendo sido estabelecido um novo plano de reembolso que prevê um alongamento da respetiva maturidade e uma otimização do seu custo de financiamento”, segundo a construtora.

Assim, após a amortização da tranche de 78,3 milhões de euros, passará a ser apresentada como passivo não corrente um montante de 541,1 milhões de euros, a que acrescem mais 190 milhões de euros de divida corrente, tendo sido estabelecido um novo plano de reembolso que prevê um alongamento da respetiva maturidade e uma otimização do seu custo de financiamento.

“Os termos dos novos financiamentos, designadamente as respetivas remunerações e maturidades, promovem a estabilidade financeira e o desenvolvimento sustentado das atividades do Grupo Teixeira Duarte”, indica o documento.

Desde 2010 que o Grupo Teixeira Duarte reduziu o seu passivo bancário em cerca de 1.400 milhões de euros. De recordar que, no primeiro semestre de 2024, a empresa apresentou lucros no valor de 9,5 milhões de euros, depois dos prejuízos de três milhões de euros verificados no semestre homólogo de 2023.

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