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Eleições EUA: norte-americanos escolhem mais do que o Presidente

Os norte-americanos não vão só escolher o próximo presidente dos Estados Unidos. Também os membros do Senado e Congresso serão escolhidos.
EDUARDO COSTA/LUSA
4 Novembro 2024, 13h04

As eleições de 5 de novembro nos EUA servirão para escolher o próximo Presidente e vice, mas os eleitores também se vão pronunciar sobre a composição de grande parte do Congresso e governadores de estados e territórios.

Estas serão as decisões mais relevantes da noite eleitoral de terça-feira:

O controlo do Congresso

Câmara de Representantes

Os 435 assentos na Câmara dos Representantes serão renovados, havendo atualmente maioria republicana de 220-213.

As sondagens apontam para uma possível expansão do controlo dos republicanos, mas os democratas estão confiantes de que podem diminuir a margem de diferença.

Senado

No Senado, o resultado é mais incerto e será um dos pontos mais importantes da noite eleitoral.

Neste momento, os democratas controlam 47 lugares, os republicanos controlam 49 e há quatro independentes, que geralmente votam maioritariamente ao lado dos democratas.

Nestas eleições, apenas 34 dos 100 senadores são renovados.

O controlo do senado é fundamental, pois é aí onde se confirmam os altos cargos do Governo e dos juízes do Supremo Tribunal Federal.

A eleição de governadores

Os governadores de 11 dos 50 estados do país também são decididos nesta votação: Delaware, Indiana, Missouri, Montana, New Hampshire, Carolina do Norte, North Dakota, Utah, Vermont, Washington, West Virgínia.

Nos EUA, os estados têm ampla margem de autonomia, pelo que controlar as casas dos governadores é uma importante alavanca de poder.

O sistema de colégio eleitoral

A eleição presidencial nos Estados Unidos não resulta do voto direto dos cidadãos, mas é o Colégio Eleitoral, de 538 membros, distribuídos na proporção da população de cada estado, que decide a vitória de um candidato.

Para alcançar a vitória, são, assim, necessários mais de 270 votos do Colégio Eleitoral.

Os Estados-chave

Dado que a maioria dos estados vota de forma inequívoca e repetida num dos partidos, tudo é decidido nos chamados estados flutuantes (‘swing states’), que as sondagens dizem poder vir a ter resultados muitos renhidos.

Para estas eleições, os estados considerados decisivos são: Geórgia, Carolina do Norte, Arizona, Wisconsin, Pensilvânia, Michigan e Nevada.

O estado da Pensilvânia é, destes, o que tem maior número de votos (19) no colégio eleitoral, pelo que pode ser mesmo o estado decisivo.

Os “terceiros candidatos”

A democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump não serão os únicos candidatos nos boletins de votos.

Em alguns estados, aparecerão nomes de candidatos de movimentos como o Partido Libertário, o Partido Verde, o Partido para o Socialismo e a Libertação, o Partido da Constituição, o Partido da Solidariedade Americana.

Há ainda dois candidatos independentes: Robert F. Kennedy (que retirou a sua candidatura em alguns estados, a favor de Trump) e Cornel West.

Quando serão conhecidos os resultados finais

Normalmente, os norte-americanos vão para a cama tarde, na terça-feira das eleições de novembro, mas já a saber quem é o novo Presidente, mas este ano este cenário é muito pouco provável, tal como já sucedeu em 2020.

O número de votos antecipados pelo correio está a ser muito elevado e, se o resultado for muito competitivo, pode demorar dias para se saber o resultado, já que todos esses votos terão de ser contados e podem ser contestados.

Aliás, o Partido Republicano contratou centenas de escritórios de advogados para se prepararem para processos judiciais de contestação de resultados eleitorais.

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