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Eleições Madeira: PSD diz que fim da maioria seria cenário trágico para a região

O cabeça de lista do PSD às regionais diz que essa maioria tem de ser expressiva para o partido constituir governo com segurança. Miguel Albuquerque afirma que uma opção de mudança “seria para uma alternativa, que não é alternativa nenhuma, é degeneração, retrocesso, paralisia económica e instabilidade política”
22 Agosto 2019, 16h01

O PSD disse que o fim das maiorias seria trágico para a região.

“As perspetivas do PSD para o próximo ato eleitoral é ganhar as eleições”, afirmou Miguel Albuquerque, em entrevista à agência Lusa sobre as eleições marcadas para 22 de setembro.

O atual líder dos sociais-democratas e presidente do Governo Regional defendeu que no atual quadro político “é fundamental que essa maioria seja expressiva” no arquipélago, para o partido “constituir governo com segurança”.

Caso contrário, considera que há o risco de surgirem “coligações negativas, com comunistas e a extrema esquerda, que vão dar cabo da Madeira e acabar com a autonomia”.

Mas o candidato do PSD insular está convicto de que “vai ganhar, porque o povo madeirense vai voltar a depositar a confiança num partido” que “cumpriu integralmente o seu programa”.

Albuquerque diz que os partidos da oposição “andam há 42 anos a falar de alternativa [na Madeira]”, mas sublinha que “mudar para pior os madeirenses não querem”.

No seu entender, uma opção de mudança seria “para uma alternativa, que não é alternativa nenhuma, é degeneração, retrocesso, paralisia económica e instabilidade política”.

Para Miguel Albuquerque, um cenário político de coligação semelhante ao que resultou das eleições legislativas nacionais, em que o partido mais votado foi afastado do Governo por uma coligação entre PS, BE e CDU, “seria trágico para a Madeira”.

“Em primeiro lugar, porque todas as conquistas autonómicas, aquilo que foi construído por duas gerações na Madeira estaria hipotecado para o futuro”, realçou o cabeça de lista social-democrata regional.

Depois, complementou, os outros partidos “são telecomandados a partir de Lisboa”, estando “infiltrados por agentes do PS de Lisboa, que quer tornar-se no partido hegemónico do regime”.

“E, obviamente, essa gente não tem nada a ver com a autonomia política, com os direitos e liberdades e garantias dos madeirenses, nem com aquilo que foi feito pela Madeira e na região ao longo destes quatro decénios”, declarou.

Também uma coligação na região seria “trágica para as empresas, a empregabilidade, para os direitos dos madeirenses, além de acabarem com a autonomia política, que é o alicerce fundamental do desenvolvimento, dos direitos e liberdades dos madeirenses enquanto povo”, disse.

Contudo, se o PSD precisar de um outro partido para formar maioria, “nunca será à esquerda”, assegurou, mencionando que isso “seria mau, porque os governos de coligação são sempre mais instáveis por natureza”.

A continuação das políticas de desenvolvimento económico, contas públicas em ordem, a internacionalização da economia e da área cultural, aumento das exportações, apoios sociais às famílias, às empresas e à empregabilidade, redução de impostos, a construção do novo hospital, a captação de investimento e um conjunto de valências no Centro Internacional de Negócios, foram algumas das medidas que apontou para a nova legislatura.

Miguel Albuquerque também considerou imprescindível que a Madeira tenha um sistema fiscal próprio, para que o desenvolvimento regional “não fique dependente de terceiros”.

“O Governo da República tem sido um travão a muitas das aspirações dos madeirenses por razões iminentemente político-partidárias”, criticou.

O PSD tem assegurado consecutivamente maiorias absolutas ao longo de quatro décadas, tendo nas legislativas regionais de 2015 eleito 24 dos 47 deputados que compõem o parlamento madeirense, obtendo 56.574 votos (44,36%).

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