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Elisa Ferreira: “Plano de Recuperação? Aplicação dos fundos vai determinar como Portugal se desenvolverá na próxima década”

Referindo-se ao Plano de Recuperação e Resiliência, ao qual Portugal vai poder usufruir 13,2 mil milhões de euros a fundo perdido, a comissária relembra que Portugal foi um dos primeiros países a apresentar um plano de ação para estes subsídios.
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19 Outubro 2020, 15h03

A comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, considera que a forma como Portugal irá aplicar os fundos extraordinários da União Europeia irá determinar o modo como o país se vai desenvolver na próxima década.

Discursando na sessão de abertura da Semana Verde Europeia 2020 que arranca hoje, 19 de outubro, num evento organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian, Elisa Ferreira relembrou que quase um terço do envelope proposto no próximo orçamento europeu e do plano de recuperação – o “Next Generation EU” – será canalizado para os objetivos verdes. Ou seja, mais de 600 mil milhões de euros.

“Mas há objetivos adicionais na aplicação destes fundos”, esclareceu. “São mais do que investimento em descarbonização ou tecnologias verdes. Têm de ser um investimento no futuro das pessoas, garantindo que todos participam na transição, que nenhuma região, nenhuma minoria, nenhum estrato social ficará para trás”.

Falando sobre o Plano de Recuperação e Resiliência, ao qual Portugal vai poder usufruir 13,2 mil milhões de euros a fundo perdido, a comissária relembra que Portugal foi um dos primeiros países a apresentar um plano de ação para estes subsídios.

“O objetivo central deste apoio extraordinário, só pode ser bem-sucedido se assentar em tecnologias viradas para o futuro, preservadoras do ambiente, mas também territorialmente e socialmente inclusivas e solidárias”, acrescentou Elisa Ferreira.

“A forma como Portugal decidir aplicar os fundos extraordinários disponíveis irá formatar o modo como Portugal se vai desenvolver na próxima década”, frisou.

Portugal vai receber 13,2 mil milhões de euros em subvenções através do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, o principal instrumento do Fundo de Recuperação. O cálculo divulgado pela Comissão Europeia aponta que o país irá receber 9,1 mil milhões de euros entre 2021 e 2022 em subvenções e 4,1 mil milhões de euros em 2023 (a preços de 2018), a que acrescem 349 milhões de euros do Fundo de Recuperação Justa.

O Jornal Económico questionou fonte da Comissão Europeia, que precisou que aos 13,2 mil milhões do Mecanismo de Recuperação e Resiliência destinados a Portugal acrescem os 349 milhões de euros do Fundo de Recuperação Justa e as verbas dos fundos estruturais do REACT EU.

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