[weglot_switcher]

PS mantém liderança, PSD recua e Chega destrona BE do terceiro lugar nas intenções de voto (com áudio)

Partido liderado por António Costa “não parece ter sido alvo de desgaste à pandemia” na avaliação da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Já o PSD perdeu três pontos percentuais desde 2019 e tem apenas 22% de intenções de voto.
12 Julho 2021, 07h17

O Chega, liderado do André Ventura, foi o terceiro partido “mais escolhido e o que mais cresceu”, por comparação com o voto declarado em 2019, num estudo divulgado nesta segunda-feira pela Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS). As intenções de voto nesse partido situam-se agora nos 11%, ocupando o terceiro lugar detido até então pelo Bloco de Esquerda, que reserva 9% das intenções de voto.

Apesar deste crescimento, o Chega mantém-se longe da liderança do PS, pois a força política que está no poder continua a ser “o partido com maior intenção de voto”, com cerca de 35%. Segundo a avaliação da FFMS, o partido liderado por António Costa “não parece ter sido alvo de desgaste à pandemia”, ao contrário do que o líder da oposição Rui Rio sugeriu, na semana passada. Já o PSD, que em 2019 registava 25% das intenções de voto, perdeu três pontos percentuais, mantendo agora a preferência de 22% do eleitorado português.

Abaixo dos 9%, surgem os restantes partidos, “numa tendência similar à verificada em 2019”, informa o estudo.

Mais de 40% consideram que a pandemia enfraqueceu a democracia

Em consequência da pandemia, o estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos indica que 43% dos inquiridos consideram que a democracia foi enfraquecida durante o último ano — um valor que poderá ter influência na taxa de abstenção das próximas eleições autárquicas, que estão marcadas para 26 de setembro — e apenas 15% defendem que a Covid-19 reforçou a democracia. Ainda assim, 60% declaram-se satisfeitos com a forma como a democracia funciona no país.

Quando inquiridos sobre formas de governo para Portugal, a democracia recolhe apoio em praticamente toda a população. Mais de nove em cada 10 inquiridos avaliam este regime positivamente, com 93% a considerarem que ter um sistema político democrático no país é boa ou muito boa ideia.

Em relação a outras formas de governo alternativas à democracia, 68% consideram uma boa ou muito boa ideia que sejam os especialistas – e não os governantes -, a tomarem decisões, de acordo com o que consideram melhor para o país. Por outro lado, 42% consideram boa ou muito boa ideia que o país seja governado por um líder forte, que não tenha de se preocupar nem com o Parlamento nem com as eleições.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.