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“Satisfeitos” com reabertura a 14 de janeiro, bares e discotecas defendem realização de autotestes à entrada

Numa altura em que as discotecas preparam-se para reabrir portas, ao fim de mais de duas semanas, o dirigente da ADN apela a que sejam autorizados a realização de auto testes à entrada, à semelhança da medida adotada para o acesso aos restaurantes. “Não nos é dado os mesmos direitos que dão aos outros”, referiu José Gouveia ao JE.
6 Janeiro 2022, 17h30

O presidente da Associação de Discotecas Nacional (ADN), José Gouveia admitiu que os empresários do sector estão satisfeitos com a reabertura das discotecas a 14 de janeiro, mas confessou que o verdadeiro problema da animação noturna prende-se com a realização de testes.

“Pareceu-nos pela primeira vez que as medidas não foram más, nem boas”, referiu o dirigente da ADN. “Eram aquilo que se esperava: pensávamos que iríamos reabrir a dia 10, passou para dia 14. Não faz grande diferença para este ramo porque ninguém abre ao domingo ou à segunda. Portanto, sexta-feira é justo e não há nada a reclamar nesse ponto”, referiu ao Jornal Económico José Gouveia.

No entanto, a “luta” dos empresários de animação noturna ainda não acabou e prossegue com a realização de testes para entrada nos estabelecimentos. “Há sempre uma luta, infelizmente, porque não nos é dado os mesmos direitos que dão aos outros”, afirmou referindo-se aos restaurantes.

“A questão que aqui se coloca é relativamente aos autotestes, tendo em conta que para os eventos de dia 24, 25 e 31 para a restauração foram permitidos os autotestes. Não vemos razões para que não sejam permitidos nas discotecas”, argumenta o representante da ADN. Noutro momento, também em declarações ao JE, o representante ressalvou que o problema da testagem agrava-se nas cidades e localidade mais pequenas, onde a oferta é mais reduzida.

“O grande problema está nas pequenas cidades e mesmo noutras localidades como em Coimbra, Viseu, o Algarve que não aguentaram a situação de ter clientes que queriam fazer um teste para sair à noite tinham de fazer 30 ou 40 quilómetros para encontrar uma farmácia que comparticipasse”

José Gouveia realça ainda que até ao momento “são estas empresas que estão obrigadas a investir em técnicos de saúde e testes” e que para o próprio a medida “não faz qualquer sentido”.

Antes das discotecas terem encerrado José Gouveia já tinha comentado que a realização de testes representavam um problema para as empresas do sector.

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