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Empréstimos para habitação atingem valor mais elevado desde abril de 2015

Além de o stock de empréstimos para habitação ter alcançado em agosto o valor mais elevado desde abril de 2015 e a maior variação mensal desde dezembro de 2021, também o crédito ao consumo registou a maior subida anual desde antes da pandemia.
26 Setembro 2024, 11h30

O montante total de empréstimos a particulares cresceu 2,2% em agosto, em relação ao mesmo mês do ano anterior, com o stock de empréstimos para habitação a totalizar 100,4 mil milhões de euros, mais 514 milhões do que em julho. É o valor mais elevado desde abril de 2015 e a maior variação mensal desde dezembro de 2021.

Os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal mostram que, em termos homólogos, os empréstimos para habitação cresceram 1,2%, o que compara com um crescimento de 0,6% no conjunto da zona euro. 

“A taxa de variação anual registada para estes empréstimos em Portugal ficou, assim, acima da taxa média da área do euro pela primeira vez desde novembro de 2010. No entanto, Portugal foi, entre os países da área do euro com taxa de variação anual positiva um dos que apresentaram um crescimento mais baixo do stock de empréstimos para habitação”, indica o regulador.

Os números revelam ainda que o montante de empréstimos ao consumo aumentou 137 milhões de euros relativamente a julho, para 22 mil milhões de euros. Em relação a agosto de 2023, este montante cresceu 7,2%. É o maior crescimento, em termos anuais, registado desde fevereiro de 2020.

Por outro lado, o stock de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas totalizava 72,3 mil milhões de euros no final de agosto, menos 637 milhões do que no final de julho. Já, em termos homólogos, o crescimento foi nulo.

Em termos do stock de depósitos de particulares, registou-se uma redução de 700 milhões de euros para 188,3 mil milhões de euros no final de agosto, face a julho. “Esta variação resulta da redução de 1,7 mil milhões de euros de responsabilidades à vista, compensada parcialmente pelo aumento de mil milhões de euros dos depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso)”, explica o Banco de Portugal. 

Apesar da redução dos depósitos de particulares, a “respetiva taxa de variação anual voltou a acelerar, fixando-se em 7,8%, mais 0,6 pontos percentuais do que em julho, resultado da redução registada em agosto de 2024, que é sazonal, ter sido menor do que a verificada em agosto de 2023”, remata.

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