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“Enganados e usados”. SNPVAC aponta “falta de rigor” e inverdades” ao relatório da TAP

O sindicato que representa o pessoal de voo da aviação civil criticou as conclusões preliminares do relatório referente à comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP e considera que a companhia aérea foi usada para “joguete político”.
6 Julho 2023, 10h11

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) criticou em comunicado o relatório preliminar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da gestão da TAP, lamentando que o documento demonstre “tamanha ligeireza, falta de rigor, omissões e inverdades” e que demonstre “falta de respeito” para com os tripulantes de cabine assim como com os restantes trabalhadores da companhia aérea.

O SNPVAC dá especial ênfase às seis páginas e meia dedicadas no relatório ao processo de reestruturação da TAP, que implicou uma injeção de dinheiro públicos de 3,2 mil milhões de euros. Para a direção deste sindicato, essas páginas deveriam refletir o que foi dito em sede da CPI e “omite informação nova e muito relevante” que foi prestada pela entidade na CPI. 

“Assim, ao contrário do que o Governo e a Administração da TAP sempre afirmaram, não compreendemos como é possível não constar neste relatório a informação oficial de que Bruxelas sugeriu e defendeu outras soluções — menos duras e onerosas para os Trabalhadores do Grupo TAP — no âmbito das negociações do Plano de Reestruturação”, destaca o sindicato em comunicado.

O sindicato destaca que “hoje sabemos que o Governo optou pelo corte nos salários dos trabalhadores, quando poderia ter mitigado esta situação com outras alternativas propostas por Bruxelas. “Como é que uma informação tão impactante na vida dos trabalhadores do Grupo nos últimos 3 anos, não teve qualquer relevância neste relatório?”, questiona os responsáveis do sindicato.

Os tripulantes da TAP sublinham ainda que “não é possível ler o que foi escrito e não nos sentirmos enganados e usados! Uma vez mais, a instituição TAP foi usada como um mero joguete político, onde o rigor e a seriedade que era expectável e exigível neste processo foi uma mera ilusão”.

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