A suspensão dos ensaios clínicos da vacina desenvolvida em conjunto pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford terá sido motivada por uma mielite transversa detetada num dos participantes, reporta o New York Times.
O New York Times cita uma fonte anónima envolvida no processo que afirma que um dos participantes dos ensaios de fases 2 e 3 no Reino Unido da AZD1222, a vacina contra a Covid-19 em desenvolvimento pela parceira entre o laboratório farmacêutico e a universidade britânica, foi diagnosticado com mielite transversa.
Este síndrome inflamatório afeta a medula espinhal em toda a sua largura e ocorre frequentemente em quadros de inflamação viral.
No entanto, não é ainda claro que a síndrome esteja diretamente relacionada com a administração da vacina. Contactada pelo New York Times, a AstraZeneca recusou comentar a razão da suspensão ou o diagnóstico de mielite transversa.
Anthony Fauci, diretor do departamento de infeciosas no Instituto Nacional de Saúde norte-americano, procurou tranquilizar a opinião pública, afirmando que a suspensão dos ensaio é apenas “um dos mecanismos de segurança” deste tipo de pesquisas em funcionamento.
“É importante realçar que é por este mesmo motivo que existem várias fases de ensaios, para determinar se os candidatos são, de facto, seguros”, disse o Fauci à CBS. “É precisamente um dos mecanismos de segurança que existem em ensaios desta natureza.”
Também a médica Luciana Borio, que trabalhou com os presidentes Trump e Obama em questões de saúde pública, havia manifestado uma ideia semelhante, sublinhando a necessidade de “uma investigação profunda” aos casos clínicos em causa.
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