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Entrada em bolsa leva Raize para prejuízos de mais de 65 mil euros

Os resultados operacionais ascenderam 72.628 euros negativos, em linha com os três anos anteriores, por causa do aumento de 353% do investimento em marketing inerente à oferta pública lançada no primeiro semestre de 2018, e que implicou um custo não-recorrente de 91.510 euros.
Cristina Bernardo
6 Março 2019, 16h43

A Raize, uma plataforma de crowdfunding portuguesa, cotada na Euronext Lisbon, e detentora a 100% da Raizecrowd, mais do duplicou os prejuízos consolidados para  65,9 mil euros euros em 2018. Assim, a Raizecrowd registou perdas de 28.969 euros, em igual período.

Na primeira apresentação de resultados ao mercado desde que entrou em bolsa, em julho do ano passado, a Raize, fundada e liderada por José Maria Rego (presidente) e Afonso Eça, registou prejuízos de de 65.940,7 euros, um aumento de 118% face a 2017.

Os resultados operacionais ascenderam 72.628 euros negativos, em linha com os três anos anteriores, por causa do aumento de 353% do investimento em marketing inerente à oferta pública lançada no primeiro semestre de 2018, e que implicou um custo não-recorrente de 91.51o euros.

A Raize, em termos consolidados, aumentou 75% os proveitos globais para aproximadamente 474,5 mil euros. Para este resultado contribuiu a evolução positiva das comissões associadas ao crédito a empresas, “potenciado por uma estratégia de aquisição de novos utilizadores e investidores através da disponibilização de um serviço de pagamentos e de investimento totalmente gratuito”, esclareceu a empresa.

O crédito originado através da FinTech gerou, em juros brutos, um total de 61,6 mil euros. No total, a Raize gerou rendimentos de 1,1 milhão de euros.

Os custos totalizaram 547,1 mil euros.

A Raize fehcou o ano de 2018 com cerca de 40 milhões de pagamentos processados. No ano passado, foram investidos cerca de 21,8 milhões de euros em pequenas e médias empresas através da FinTech portuguesa, o que representa um aumento de 109% em termos homólogos, tendo sido realizadas 1.025 operações de financiamento.

Atualmente, a Raize conta com 44.400 investidores com uma rentabilidade de 6,47% em linha com os últimos dois anos. No total, os investidores realizaram uma rentabilidade média acumulada de 30,37% nos últimos anos.

O crédito a empresas é realizada através da subsidiária da Raize, denominada de Raizecrowd.

“Vamos conseguir dar mais dinamismo ao mercado e aumentar a capacidade de financiamento da economia” dizem fundadores da Raize

Desde a entrada em bolsa, o ticker MLRZE mais de 40% desvalorizou segundo o site da Euronext. No dia 18 de julho de 2018, as ações da Raize estavam a negociar nos 2,380 euros. Esta quarta-feira, o título fechou nos 1,4 euros.

 

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