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Erdoğan opõe-se a exclusão da Rússia das negociações sobre acordo de exportação de cereais

A posição de Recep Tayyip Erdoğan foi marcada este domingo, em conferência de imprensa, após a cimeira do G20 em Nova Deli, Índia, dois meses depois de Moscovo ter anunciado a saída do acordo alcançado com intermediação da ONU e da Turquia em julho de 2022.
10 Setembro 2023, 14h58

O presidente da Turquia considera “inviável” a exclusão da Rússia das negociações que levem a uma recuperação do acordo sobre a exportação de cereais pelo Mar Negro.

A posição de Recep Tayyip Erdoğan foi marcada este domingo, em conferência de imprensa, após a cimeira do G20 em Nova Deli, Índia, menos de dois meses depois de Moscovo ter anunciado a saída do acordo alcançado com intermediação da ONU e da Turquia.

Segundo o líder turco, Ancara opõe-se a “qualquer medida suscetível de perturbar a paz no Mar Negro e agravar as tensões na região”, deixando claro que a Rússia, a Ucrânia e a Turquia vão continuar a discutir o acordo sobre os cereais.

De acordo com a “Reuters”, que cita fontes próximas do assunto, o presidente turco reuniu-se com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, à margem da cimeira do G20, para discutir esforços para reavivar o acordo.

No início de setembro, Erdoğan apelou à Ucrânia que “suavizasse a sua posição” quanto à chamada Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, tomando “medidas partilhadas com a Rússia” para a execução do pacto.

“A Ucrânia deve, é claro, suavizar as suas posições para poder tomar medidas partilhadas com a Rússia”, disse Erdoğan durante uma conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, em Sochi, na costa sul da Rússia (no Mar Negro).

Ucrânia: Erdogan diz que Kiev deve “suavizar a sua posição” sobre acordo dos cereais

No dia 17 de julho, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, anunciou que “os acordos do Mar Negro deixaram de ser válidos”, confirmando o fim daquele pacto que havia sido alcançado em julho de 2022, em Istambul. O acordo foi estendido por curtos períodos nos 12 meses anteriores à cisão.

Segundo Peskov, que justificou a suspensão com o incumprimento de algumas partes do acordo, “assim que a parte russa for cumprida”, Moscovo “voltará imediatamente à aplicação” do mesmo.

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