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Espanha fecha o ano com a maior atividade industrial em 32 meses

Espanha lidera atividade industrial, tudo isto enquanto as duas potências industriais da Europa (França e Alemanha), registam mínimos históricos.
Espanha
2 Janeiro 2025, 16h19

A atividade da indústria espanhola voltou a apresentar resultados mais do que satisfatórios no final de 2024, atingindo os máximos de 32 meses registados em outubro, segundo o “El Economista”.

Tudo isto enquanto as duas potências industriais da Europa (França e Alemanha), registam mínimos históricos. O índice S&P Global PMI, publicado esta quinta-feira, subiu no último mês do ano para 53,3 pontos, face aos 53,1 do mês anterior, prolongando o terreno expansionista por 11 meses.

No caso alemão, a indústria ainda não consegue recuperar, o que indica que recessão de inverno está cada vez mais visível. O índice PMI marcou o seu nível mais baixo em três meses, fechando o ano nos 42,5 pontos, face aos 43 registados em Novembro. No caso de França, o índice PMI caiu no último mês do ano para o nível mais baixo desde a pandemia. Depois de marcar 43,1 pontos em novembro, em dezembro acelerou sua contração para 41,9 pontos.

Os especialistas da S&P destacam que o caso espanhol “continua forte” apoiado por “aumentos simultâneos e mais rápidos na produção e em novos pedidos”.

A procura mostrou enorme força tanto nas novas encomendas como nas exportações, que registaram aumentos significativos. Ao mesmo tempo, houve crescimento nos principais mercados, especialmente na Europa e no Norte de África. Isto traduziu-se na resposta das empresas quando se tratou de expandir a sua força de trabalho, marcando o crescimento do emprego pelo quarto mês consecutivo.

O economista do Banco Comercial de Hamburgo, Jonas Feldhusen, reiterou que a indústria espanhola mostra “resiliência” face à “fraqueza europeia no setor industrial”. O especialista destacou que, enquanto outros países europeus “enfrentam consequências graves”, como despedimentos em massa, encerramento de fábricas e um “colapso” de investimentos, Espanha “está a registar um crescimento económico no seu sector industrial. Este facto pode ser atribuído ao seu amplo fornecimento de energia e à sua dependência relativamente baixa das exportações da China”, resume.

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