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Estado da Nação: Esquerda e PEV destacam SNS e trabalhadores. PAN acusa Governo de “negacionismo”

O Bloco de Esquerda quer que o Governo estenda apoios sociais. O PCP volta a insistir no aumento do salário mínimo para 850 euros. O PAN referiu ainda casos polémicos tal como a divulgação de dados à Rússia, a detenção de ativistas forçadas a despirem-se e a morte de Ihor Homeniuk.  
21 Julho 2021, 17h10

O debate do Estado da Nação, desta quarta-feira, ficou marcado pelas questões relacionadas com o Serviço Nacional de Saúde, mas também pelas interrogações em torno dos apoios sociais.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins aproveitou a sua intervenção para abordar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas também os apoios aos trabalhadores. Antes das questões do partido, a bloquista decidiu deixar um recado ao primeiro-ministro, de que “não vale a pena debater com a direita que tentou privatizar o Serviço Nacional de Saúde e Segurança Social”.

Passado às questões, Catarina Martins considerou que o PRR fará “os investimentos que já estavam previstos para o SNS antes da pandemia”, não acrescentando nada de novo. Para o BE apenas se mudou “o investimento de sítio”.

Catarina Martins levantou a preocupação para com a contratação de profissionais, mas também em relação aos apoios sociais. “Não quer agora prolongar até ao fim do ano este apoio extraordinário”.

Por sua vez, o líder do Partido Comunista Português (PCP) pediu que o Governo rompesse “com a política de direita” e assumisse coragem para adotar uma política alternativa. Jerónimo de Sousa destacou que “os do costume usando e abusando da epidemia continuam acumulando lucros e dividendos, enquanto que a maioria perde condições de trabalho e saúde”.

Jerónimo de Sousa pediu o aumento do salário mínimo para 850 euros, uma medida comunista que o partido volta a pedir e também que o executivo de Costa adotasse “politica de valorização dos salários”. “Vai por fim à situação que condena mais de um milhão de trabalhadores regime de precariedade permanente”, questionou ainda o representante dos comunistas.

O partido ecologista ‘Os Verdes’ partilhou de preocupações semelhantes às da esquerda relativamente ao SNS. Marian Silva recordou que o SNS “esteve  sujeito a uma pressão extraordinária deu resposta a uma epidemia de dimensões e consequências incalculáveis. reconhecemos que sem o SNS e sem o esforço dos seus profissionais a população estaria exposta a consequência mais gravosas”. Mariana Silva quis saber até quando os utentes iriam continuar a ter consultas por telefone e ter as suas operações adiadas

Por sua vez, o PAN defendeu que pior que “negacionismo é enfiarmos a cabeça na areia e fingirmos que os problemas não existem”. A porta-voz do partido criticou o Governo por “travar apoios sociais a quem mais precisa” e referiu que o país precisa de “apostas em áreas imprescindíveis e não mais do mesmo”. Inês de Sousa Real referiu ainda casos polémicos tal como a divulgação de dados à Rússia, a detenção de ativistas forçadas a despirem-se e a morte de Ihor Homeniuk.

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