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Estudo da Consumers Trust Labs diz que maioria está disposta a pagar mais por produtos sustentáveis

O estudo diz ainda que 66% dos inquiridos relevaram o consumo sustentável e ético. Adquirir produtos com embalagens recicláveis ou biodegradáveis já é opção para 58,7% e 53,2% assume evitar marcas com impacto ambiental negativo.
14 Março 2025, 17h22

Um estudo da Consumers Trust Labs, por ocasião do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor (15 de março), que identifica as tendências de consumo mais relevantes, diz que 66% dos inquiridos relevaram o consumo sustentável e ético e 51,4% disseram estar dispostos a pagar mais por um produto sustentável.

“Adquirir produtos com embalagens recicláveis ou biodegradáveis já é opção para 58,7% e 53,2% assume evitar marcas com impacto ambiental negativo”, referiu o estudo. Já 43% disse que valoriza a Economia circular (reutilização, reciclagem e segunda mão).

“Os dados mostram que a maioria dos consumidores tem preocupação com as práticas éticas e sustentáveis das marcas. 51,4% admite que estaria disposto a pagar mais por produtos e serviços que promovam estas práticas nas suas políticas de negócio: 42,9% (até 10% mais caro), 6,4% (entre 10% e 20% mais caro) e 2,1% (até 20% mais caro). Porém, 48% assume não estar disposto a pagar mais”, indicou o estudo.

Na pergunta ‘Considera importante a sustentabilidade da embalagem dos produtos que compra?’, 58,7% disse preferir adquirir produtos com embalagens recicláveis ou biodegradáveis.

Sobre condições laborais o estudo disse que 61,7% defenderam que não comprariam um produto se soubesse que foi produzido em condições precárias de trabalho (exemplos: exploração infantil, salários injustos, excesso de horas de trabalho).

Este estudo diz ainda que 53,2% dos inquiridos disse que evita marcas com grande impacto ambiental, “caso saiba que uma marca polui significativamente o ambiente”.

É ainda referido no estudo, que os inquiridos quando questionados sobre experimentarem novas marcas ou manter-se fiel às que conhece, 66,4% disse que “tudo depende do produto e serviço oferecido”, 29,5% disse que prefere marcas que já conhece, e 4,1% admitiu experimentar novas marcas.

O estudo mostra também que antes de comprar um produto novo 57,6% diz que avalia o preço e a disponibilidade do produto e 24,5% diz procurar uma alternativa sustentável (segunda mão, reciclado, produzido de forma ética.)

“Sobre os valores de uma marca, a qualidade do produto é o fator mais valorizado para 86,3% dos inquiridos. Segue-se a acessibilidade do preço (72,1%) e o atendimento ao cliente (51,1%). A sustentabilidade foi apontada por 44,8% dos consumidores e a responsabilidade social da marca importa para 34,5% dos inquiridos”, salientou o estudo.

Na pergunta ‘De que forma as redes sociais influenciam as suas decisões de compra?’, 54% disse que são influenciados pelas redes sociais e 33% dos consumidores sente-se influenciado por avaliações e feedbacks de outros antes de comprar.

“Entre reputação e notoriedade, 78,1% dos consumidores valoriza a reputação antes de comprar e afirma ler sempre feedbacks e avaliações de outros consumidores, mesmo que a marca seja pouco conhecida”, disse o estudo.

“Este estudo destaca que, além da qualidade do produto ou serviço e da importância que dão à reputação das marcas, os consumidores estão cada vez mais atentos, conscientes e sensíveis às práticas de sustentabilidade e responsabilidade das marcas no âmbito do impacto ambiental. Esta preocupação é admitida pela maioria dos inquiridos do estudo – e ficou vincada em várias respostas -, mostrando que as marcas devem assim adaptar-se a estas novas tendências de consumo consciente e responsável, para serem valorizadas e elegíveis pelos consumidores”, disse o CEO da Consumers Trust e fundador do Portal da Queixa, Pedro Lourenço.

Este estudo foi feito através de um questionário online, entre 3 e 12 de março, que juntou 1.353 participantes.

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