Vinte estados e quatro municípios norte-americanos vão processar a Agência de Proteção Ambiental (EPA) pela sua decisão de desmantelar as limitações às emissões de metano pelas indústrias petrolífera e do gás natural. Em comunicado, esta coligação explica que esta decisão coloca em causa a saúde pública ao acelerar os efeitos das alterações climáticas, como são exemplo os incêndios devastadores na costa oeste dos EUA nas últimas semanas.
No mês passado, a EPA revogou as políticas da administração Obama relativamente aos limites de metano, um gás com 25 vezes maior capacidade de reter calor do que o dióxido de carbono, proveniente da extração de petróleo e gás natural, bem como do seu processamento e armazenamento.
“A emergência climática é cada vez mais uma emergência de saúde pública. O preço a pagar pelo desastre natural que enfrentamos na forma de fogos florestais sem precedentes é cada vez mais expresso em vidas humanas”, declarou Xavier Becerra, Procurador-Geral da Califórnia, o estado que lidera a coligação. “Não deixaremos que a EPA arruíne regulamentos críticos e permita que superpoluentes como o metano destruam a nossa atmosfera”, continuou.
A coligação junta à Califórnia estados como o Oregon ou Washington, também brutalmente afetados pelos incêndios florestais deste ano, ou o Novo México, onde a produção de gás e petróleo tem vindo a acelerar. Também as cidades de Denver e Chicago, bem como os respetivos estados do Colorado e Illinois, se juntaram ao processo. Todos os governantes associados à coligação são democratas.
A decisão, tomada sob a esfera e com o aval da administração Trump, insere-se numa série de alívios em restrições ambientais em detrimento de atividades económicas mais agilizadas e sujeitas a menor controlo. O presidente já culpou os fogos de dimensões extraordinárias da costa oeste numa má gestão da área florestal por parte dos governadores dos estados envolvidos.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com