Os cortes de juros diretores nos EUA estão cada vez mais próximos de serem uma realidade, sobretudo caso a inflação e o emprego não revelem surpresas que impeçam o arranque da normalização da política monetária. O mais recente sinal nesta direção vem de Christopher Waller, um dos responsáveis pelas decisões da Reserva Federal e visto tipicamente como um dos membros mais agressivos do banco central.
“Acho que os dados atuais são consistentes com um cenário de ‘aterragem suave’ e espero continuar a ver os números dos próximos meses a corroborarem esta visão”, afirmou Christopher Waller esta terça-feira num evento promovido pela Reserva Federal de Kansas City. “Creio que ainda não chegamos ao destino, mas estamos a aproximar-nos do momento em que um corte nas taxas é apropriado”, continuou.
Dada a proximidade da reunião de julho (a realizar-se no final do mês, entre os dias 30 e 31), o mercado está a interpretar as palavras do governador da Fed como um sinal de que uma descida em setembro é cada vez mais provável.
Este é o cenário base para o mercado já há algumas semanas, mas a probabilidade estimada de um corte de 25 pontos base (p.b.) em setembro subiu com as declarações de Waller: de 91,7% há um dia, o CMEGroup reporta agora 93,5% de hipóteses calculadas por investidores e analistas de tal se confirmar. Há um mês, o mercado estimava apenas 56,7% de possibilidades de um corte de 25 p.b. em setembro.
A expectativa é que a Fed corte juros ainda mais uma vez até ao final do ano, mostra a ferramenta de monitorização do CMEGroup.
Na mesma linha, o governador, um dos decisores mais hawkish da Reserva Federal, considera improvável um cenário em que a inflação dispara inesperadamente de novo, obrigando a novas subidas dos juros.
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