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EUA: Criação de emprego supera largamente expectativas dos analistas à boleia do turismo

A evolução positiva da pandemia e das campanhas de vacinação nos EUA tem levado a um relaxamento ou levantamento das restrições e medidas de contenção em vários estados, o que se reflete na recuperação parcial do sector do turismo e restauração.
5 Março 2021, 15h15

A economia norte-americana criou 379 mil empregos em fevereiro, mostrando assim uma aceleração do mercado laboral, como revelam os dados do Departamento do Trabalho conhecidos esta sexta-feira. A taxa de desemprego caiu dos 6,3% registados em janeiro para os 6,2%.

Estes resultados mostram uma performance melhor da economia mais afetada pela pandemia a nível mundial, superando as expectativas de 182 mil novos postos de trabalho, segundo o levantamento da TradingEconomics. Para a taxa de desemprego, a previsão do mercado era de que se mantivesse inalterada. Esta é a taxa mais baixa desde o rebentar da crise pandémica nos EUA, em abril.

Os ganhos no sector privado lideraram este crescimento do emprego, com os 465 mil novos postos indicados pela fonte oficial de estatísticas norte-americana a ultrapassar largamente os 177 mil apontados pelo relatório da ADP.

Os aumentos ocorreram sobretudo nas áreas associadas ao turismo e lazer, à medida que vários estados vão removendo as restrições à circulação e atividade económica, dada a evolução positiva da pandemia. Esta indústria acrescentou 355 mil empregos, entre restauração e hotelaria, mas encontra-se ainda em níveis bem abaixo dos verificados antes da chegada da Covid-19.

Por outro lado, os sectores da educação, tanto ao nível federal, como estatal, da construção e minas verificaram quebras no emprego em fevereiro.

Adicionalmente, há hoje menos 8,5 milhões de americanos empregados do que há um ano e a taxa de participação na economia é 1,9 pontos percentuais mais baixa do que em fevereiro de 2020, ficando-se agora pelos 61,4%, como salienta a CNBC.

Os números referentes a dezembro e janeiro foram também revistos, com as perdas de dezembro a serem agravadas dos 227 mil para os 306 mil empregos destruídos, enquanto que em janeiro o país acrescentou 166 mil postos de trabalho, em vez dos 49 mil inicialmente reportados.

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