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EUA: défice comercial atinge máximos da década

As exportações estão a diminuir e a necessidade de importação a aumentar. Esta é a causa mais provável para o défice comercial apresentado esta quarta-feira.
6 Março 2019, 18h26

O departamento do comércio norte-americano anunciou, esta quarta-feira, que o défice de dezembro ficou em 18,8%, o que contribuiu para um défice de 621 mil milhões de dólares (mais de 548 mil milhões de euros) no ano passado. Este é o maior défice desde 2008, sendo que em 2018 a Casa Branca acionou uma política protecionista.

Em 2018, os EUA impuseram tarifas aos produtos provenientes da China, no valor de 250 mil milhões de dólares (cerca de 220 mil milhões de euros). Em resposta, Pequim reclamou impostos no valor de 110 mil milhões de dólares (97 mil milhões de euros) sobre produtos americanos, como a soja. Donald Trump atrasou o pagamento de 200 mil milhões de dólares (176 mil milhões de euros) em importações chinesas, enquanto as negociações de resolução da guerra comercial continuam, após oito meses.

De acordo com a agência Reuters, os Estados Unidos também impuseram impostos sobre o aço importado, alumínio, painéis solares e máquinas de lavar roupa. A balança comercial mercantil com a China aumentou 11,6%, com um número recorde de 419,2 mil milhões de dólares (370 mil milhões de euros), no ano passado. Os EUA registaram grandes importações de 60 países, liderados por China, México e Alemanha. As importações de bens superaram os 2,6 biliões de dólares (2.300 biliões de euros).

O défice comercial ascendeu aos 59,9 mil milhões de dólares (cerca de 52,97 mil milhões de euros) em dezembro, tornando-se o maior desde outubro de 2008. O valor do último mês do ano superou as expectativas dos economistas, que previam um défice de 57,9 mil milhões de dólares (mais de 51,2 mil milhões de euros) enquanto as exportações continuavam a cair. O salto no déficit comercial real de bens sugere que o comércio foi um obstáculo maior para o PIB do quarto trimestre do que o estimado pelo governo. O governo norte-americano informou que o comércio retirou 0.22 pontos percentuais do crescimento do PIB.

 

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