Os Estados Unidos da América deverão fechar o ano de 2023 com uma produção recorde de petróleo: 13 milhões de barris diários.
O recorde anterior data de 2019 quando foi atingida a marca de mais de 12 milhões de barris diários, segundo os dados da Agência de Energia dos EUA (EIA).
Para 2024, o valor deverá subir em quase 200 mil barris para mais de 13,1 milhões de barris diários.
Com a produção a aumentar, a EIA reviu em baixa a sua previsão de preço para 2024, cortando em dez dólares o preço para 83 dólares por barril de Brent.
Isto vai provocar exportações recorde de crude e produtos petrolíferos pelos EUA em 2024, atingindo os dois milhões de barris diários vendidos para o exterior, segundo a “Reuters”.
A chegada de muito petróleo americano ao mercado acontece numa altura em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) anunciou cortes na produção no primeiro semestre de 2024 com o objetivo de aumentar o preço do barril para os 83 dólares, estando a negociar hoje nos 73 dólares.
Os cortes vão levar a Arábia Saudita e a Rússia a reduzirem a produção em 1,3 milhões de barris diários, com outros países a reduzirem a produção em um milhão de barris.
“É certo que há muita oferta. A produção de crude nos EUA em setembro atingiu um novo recorde mensal”, disseram os analistas do JP Morgan numa nota divulgada este mês.
Ao mesmo tempo, outros países como o Brasil atingiram uma produção recorde de petróleo em setembro, um crescimento de 17% face a período homólogo, no total de 3,7 milhões de barris diários, segundo a nota do banco norte-americano citada pelo “El Economista”.
“O excesso de oferta pode continuar a aumentar. O crude armazenado no mar tende a aumentar a um ritmo médio de 3 milhões de barris diários durante os meses de inverno para regressar ao mercado no início da primavera”, de acordo com o JP Morgan.
Outro país que está a injetar mais petróleo no mercado é a Nigéria, que apesar de ser membro da OPEP rejeita cortar a produção, para não perder receitas, e tem vindo a aumentar.
A Guiana, na América do Sul, também está a injetar mais petróleo, estando perto de atingir os 400 mil barris diários. A Venezuela tem estado a criar tensão com o pequeno país, com base em reivindicações históricas, tendo realizado um referendo a perguntar aos seus cidadãos se deveria ser recuperado parte da Guiana, com o ‘sim’ a vencer.
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