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EUA: Pedidos de subsídio de desemprego sobem e atingem novos máximos desde agosto

A recuperação do mercado laboral norte-americano parece estagnar, numa altura em que o clima político tenso em Washington desvia atenções dos números preocupantes de Covid-19 no país.
  • Estados Unidos
14 Janeiro 2021, 14h13

O número de novos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA disparou para os 965 mil na semana terminada a 9 de janeiro, um novo recorde semanal desde agosto, numa altura em que a pandemia de Covid-19 voltou a acelerar no país mais afetado do mundo pela doença.

O valor reportado esta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano fica bem acima das expectativas de Wall Street, que apontavam para 800 mil, segundo a CNBC, e do valor registado na semana anterior, quando houve 784 mil pedidos de apoio.

Ainda assim, o impacto deste indicador nos mercados deverá ser limitado, dada a perspetiva de apoios fortes à economia no mandato de Joe Biden. O antigo vice-presidente, que toma posse como o 46º presidente no próximo dia 20, fez saber esta semana que pretende ver o Congresso aprovar um pacote de estímulos acima do bilião de dólares (825 mil milhões de euros).

Também o número de subsídios a pagamento subiu 199 mil, embora este indicador seja reportado com uma semana de atraso em relação aos novos pedidos. Assim, na semana terminada a 2 de janeiro, havia 5,27 milhões de subsídios de desemprego a pagamento.

Também o Esquema de Assistência Pandémica verificou um aumento nas solicitações de ajuda, tendo 284 mil trabalhadores submetido os documentos para este programa, comparando com os 161 mil que o haviam feito na semana anterior. Este apoio é destinado a trabalhadores que não sejam elegíveis para a atribuição de um subsídio federal de desemprego, seja pela natureza do seu trabalho, como no caso dos trabalhadores por conta própria, seja por já terem esgotado o período a que têm direito a essa prestação.

Os EUA registaram novos recordes de casos confirmados de infeção num só dia, quando na passada semana este valor ultrapassou os 300 mil, e de mortes, que excederam as quatro mil por duas vezes desde o início deste ano, tendo ficado pelas 3.900 noutras três ocasiões. Este avançar da pandemia já levou ao apertar das medidas de restrição em vários estados.

Em dezembro, a economia norte-americana perdeu 140 mil postos de trabalho, algo que aconteceu pela primeira vez desde abril, altura em que se assistiu a uma destruição de mais de 20 milhões de empregos.

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