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Europa reforça mobilidade limpa e conectada

A Comissão Juncker colocou em prática o terceiro e último conjunto de medidas para modernizar o sistema europeu de transportes. A Europa quer ser líder mundial em sistemas de mobilidade totalmente automatizados e conectados.
17 Junho 2018, 19h00

Com o objetivo de permitir que todos os cidadãos europeus beneficiem de maior segurança rodoviária, de veículos menos poluentes e de soluções tecnológicas mais avançadas, apoiando simultaneamente a competitividade da indústria da União Europeia (UE) a Comissão Juncker lançou recentemente um conjunto de iniciativas que incluem uma política integrada para o futuro da segurança rodoviária, com medidas de segurança para os veículos e as infraestruturas; as primeiras normas relativas às emissões de CO2 dos veículos pesados; um plano de ação estratégico para o desenvolvimento e fabrico de baterias na Europa e uma estratégia prospetiva sobre a mobilidade conectada e automatizada.

Com esta terceira “A Europa em Movimento”, a Comissão assegura que estará assim completa a sua “ambiciosa” agenda para a modernização da mobilidade.

Este pacote de mobilidade traduz na prática a nova estratégia de política industrial, de setembro do ano passado e conclui o processo iniciado com a estratégia para a mobilidade de baixas emissões de 2016, e com os anteriores pacotes “A Europa em movimento”, de maio e novembro de 2017. Todas estas iniciativas formam um conjunto único de políticas que abordam as várias facetas interligadas do sistema de mobilidade.

No capítulo da mobilidade limpa, a Comissão está em fase de conclusão da sua agenda para um sistema de baixas emissões, apresentando as primeiras normas sobre as emissões de CO2 dos veículos pesados. Em 2025, as emissões médias de CO2 dos novos veículos pesados de mercadorias terão de ser 15 % mais baixas do que em 2019.

Para 2030, é proposto um objetivo de redução indicativa de 30 % em comparação com 2019. Estes objetivos são coerentes com os compromissos assumidos pela UE no Acordo de Paris e permitirão às empresas de transportes, na sua maioria Pequenas e Médias Empresas (PME), realizar importantes economias, graças à diminuição do consumo de combustíveis (25 mil euros ao longo de um período de cinco anos).

Para permitir novas reduções de CO2, a Comissão facilita a conceção de camiões mais aerodinâmicos e está a melhorar a rotulagem dos pneus.

Acresce ainda que a Comissão propõe um plano de ação abrangente para as baterias que contribuirá para criar um “ecossistema” de baterias competitivo e sustentável na Europa.
Já no que diz respeito à mobilidade conectada e automatizada, as propostas da Comissão vão no sentido de uma estratégia destinada a tornar a Europa um líder mundial em sistemas de mobilidade totalmente automatizados e conectados.

A estratégia visa atingir um novo nível de cooperação entre os utentes, que poderá trazer enormes benefícios para o sistema de mobilidade no seu todo. Os transportes serão mais seguros, mais limpos, mais baratos e mais acessíveis para os idosos e para as pessoas com mobilidade reduzida.

Além disso, a Comissão propõe a criação de um ambiente inteiramente digital para o intercâmbio de informações no setor do transporte de mercadorias. Esta medida reduzirá a burocracia e facilitará os fluxos de informação digital para operações logísticas.

Neste contexto, foram ainda conhecidas medidas para uma mobilidade segura. A Comissão propõe que os novos modelos de veículos sejam equipados com dispositivos avançados de segurança, como os sistemas avançados de travagem de emergência e os sistemas de aviso de afastamento da faixa de rodagem para os automóveis ou os sistemas de deteção de peões e ciclistas para os veículos pesados.

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