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Europeias: Aliança compromete-se a “traduzir ‘europês’ para português”

No manifesto eleitoral às europeias, divulgado esta sexta-feira, o Aliança compromete-se aproximar a Europa e as suas instituições dos portugueses e fazer da refundação da Europa uma das suas principais bandeiras.
  • O presidente do Aliança, Pedro Santana Lopes (C), durante a sessão de abertura do 1.º Congresso do Aliança, Évora, 9 de fevereiro de 2019. O partido é liderado por Pedro Santana Lopes que elege neste congresso o senado, o conselho de jurisdição e a comissão de auditoria.
8 Março 2019, 16h16

O recém-criado Aliança quer ser alternativa aos partidos atualmente representados no Parlamento Europeu e assumir um papel preponderante na “refundação da Europa”. O partido de Pedro Santana Lopes compromete-se a “traduzir ‘europês’ para português” e aproximar a Europa e as suas instituições dos portugueses, lutando por uma maior “solidariedade e a igualdade de tratamento” na Europa.

“21 deputados portugueses, 21 propostas concretas para refundar a Europa no século 21”. É este o tiro de partida do manifesto eleitoral do Aliança na corrida às eleições europeias. No documento, divulgado esta sexta-feira, o Aliança define as linhas prioritárias do partido para estas eleições, que considera “decisivas para o futuro”, podendo “significar a escolha entre integração europeia e o progressivo desmembramento do projeto comunitário”.

Entre as propostas apresentadas pelo Aliança está a revisão dos critérios de atribuição dos fundos estruturais em Portugal, com vista à concentração do investimento no crescimento económico. O partido considera que é necessário criar “critérios de condicionalidade na libertação de verbas aos projetos aprovados, evitando o desperdício de fundos em empresas com défice de competitividade e pouca produtividade; evitar o sobre investimento, financiando investimento e não custos de funcionamento”.

A lista do Aliança, encabeçada por Paulo Sande, defende ainda o equilíbrio das balanças comerciais dos Estados-membros, para “contrariar a disfunção da zona euro”, o fim do golden plating (transposição de diretivas europeias que vão além dos objetivos fixados), a revisão das obrigações europeias no que toca ao ambiente, a colocação da comunidade dos países de língua portuguesa (CPLP) na Europa e a uma visa estratégica europeia através de Portugal.

“Em Portugal, a campanha para as europeias centra-se, quase sempre, em assuntos nacionais. Queremos que desta vez seja diferente e, por isso, apresentamos uma lista com novos rostos, novas pessoas, dispostas a representar e a defender os interesses de Portugal na Europa. Uma lista liderada por alguém que pensa e trabalha a Europa há décadas”, lê-se no manifesto eleitoral do Aliança.

O partido apela ainda a uma maior participação dos portugueses nas eleições, que acontecem a 26 de maio. “Desta vez, não pode haver desculpas. Ninguém deve ficar de fora, temos de assumir as nossas responsabilidades. A Europa somos nós, a Europa é Portugal e também nela se decide o nosso futuro. É o momento de afirmar Portugal na Europa, o que só é possível com uma participação significativa nas eleições europeias”, sublinha.

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