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Ex-ministro Stéphane Séjourné nomeado para integrar Comissão Europeia em substituição de Breton

Thierry Breton revelou a sua demissão na manhã desta segunda-feira. Prontamente, Macron reuniu-se com o recém-empossado primeiro-ministro e anunciou o substituto para a nomeação por parte da França.
Stéphane Séjourné Comissão Europeia França
16 Setembro 2024, 11h30

O presidente Emmanuel Macron optou por nomear Stéphane Séjourné, ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros do Governo cessante, para a próxima Comissão Europeia. Esta nomeação, anunciada pelo Palácio do Eliseu, chega depois de demissão de Thierry Breton, que escolheu afastar-se após declarações de Ursula von der Leyen.

Séjourné atua como ministro desde janeiro. Indica a “Euronews”, citando o presidente francês, que a decisão da nomeação do governante aconteceu “em concordância” com o primeiro-ministro Michel Barnier.

Segundo Emmanuel Macron, para esta Comissão Europeia, França quer apostar num “portefólio-chave” relacionado com “soberania industrial e tecnológica” e “competitividade europeia”. Thierry Breton ocupou, desde 2019, o cargo de comissário europeu para o Mercado Interno.

A mesma missiva presidencial adianta que a experiência de Stéphane Séjourné, enquanto presidente do grupo centrista Renovar a Europa no Parlamento Europeu e como ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros neste último Governo, o qualifica para assumir o cargo de comissário europeu, especialmente numa pasta prestigiosa para França.

Breton demite-se após comentários de von der Leyen

O comissário europeu Thierry Breton demitiu-se esta segunda-feira, depois da presidente da Comissão Europeia ter pedido, alegadamente, que França avançasse com outro nome para o mandato que se inicia. Antes da sua demissão “com efeitos imediatos”, Breton criticou a “liderança questionável” de Ursula von der Leyen.

Numa carta enviada à presidente da Comissão Europeia, e partilhada nas redes sociais, Breton lembra que von der Leyen capacitou os Estados-membros a apresentar um nome para o colégio de comissários, ao qual o presidente Emmanuel Macron escolheu o seu. “Há alguns dias, na reta final das negociações, [von der Leyen] pediu para que França retirasse o meu nome – por razões pessoais que não foram discutidas comigo – e ofereceu, em contrapartida política, uma pasta, alegadamente, mais influente no próximo cargo”

“Nos últimos cinco anos, esforcei-me incansavelmente por defender e promover o bem comum europeu, acima dos interesses nacionais e partidários, e foi uma honra”, refere Thierry Breton, criticando, no mesmo comunicado, a “liderança questionável” de Ursula von der Leyen.

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