O presidente Emmanuel Macron optou por nomear Stéphane Séjourné, ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros do Governo cessante, para a próxima Comissão Europeia. Esta nomeação, anunciada pelo Palácio do Eliseu, chega depois de demissão de Thierry Breton, que escolheu afastar-se após declarações de Ursula von der Leyen.
Séjourné atua como ministro desde janeiro. Indica a “Euronews”, citando o presidente francês, que a decisão da nomeação do governante aconteceu “em concordância” com o primeiro-ministro Michel Barnier.
Segundo Emmanuel Macron, para esta Comissão Europeia, França quer apostar num “portefólio-chave” relacionado com “soberania industrial e tecnológica” e “competitividade europeia”. Thierry Breton ocupou, desde 2019, o cargo de comissário europeu para o Mercado Interno.
A mesma missiva presidencial adianta que a experiência de Stéphane Séjourné, enquanto presidente do grupo centrista Renovar a Europa no Parlamento Europeu e como ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros neste último Governo, o qualifica para assumir o cargo de comissário europeu, especialmente numa pasta prestigiosa para França.
O comissário europeu Thierry Breton demitiu-se esta segunda-feira, depois da presidente da Comissão Europeia ter pedido, alegadamente, que França avançasse com outro nome para o mandato que se inicia. Antes da sua demissão “com efeitos imediatos”, Breton criticou a “liderança questionável” de Ursula von der Leyen.
Numa carta enviada à presidente da Comissão Europeia, e partilhada nas redes sociais, Breton lembra que von der Leyen capacitou os Estados-membros a apresentar um nome para o colégio de comissários, ao qual o presidente Emmanuel Macron escolheu o seu. “Há alguns dias, na reta final das negociações, [von der Leyen] pediu para que França retirasse o meu nome – por razões pessoais que não foram discutidas comigo – e ofereceu, em contrapartida política, uma pasta, alegadamente, mais influente no próximo cargo”
“Nos últimos cinco anos, esforcei-me incansavelmente por defender e promover o bem comum europeu, acima dos interesses nacionais e partidários, e foi uma honra”, refere Thierry Breton, criticando, no mesmo comunicado, a “liderança questionável” de Ursula von der Leyen.
I would like to express my deepest gratitude to my colleagues in the College, Commission services, MEPs, Member States, and my team.
Together, we have worked tirelessly to advance an ambitious EU agenda.
It has been an honour & privilege to serve the common European interest🇪🇺 pic.twitter.com/wQ4eeHUnYu
— Thierry Breton (@ThierryBreton) September 16, 2024
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