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Exportação de algas portuguesas atinge novos máximos e setor prevê crescimento de 15%

A exportação de algas em Portugal atingiu novos máximos, com mais de 90% da produção nacional a chegar aos mercados de Espanha, França, Alemanha, Países Baixos, Reino Unido e também países asiáticos, revela a associação Proalga.
8 Abril 2025, 19h16

A exportação de algas em Portugal atingiu novos máximos, com mais de 90% da produção nacional a chegar aos mercados de Espanha, França, Alemanha, Países Baixos, Reino Unido e também países asiáticos, revela a associação Proalga.

“Com a atual dinâmica da internacionalização dos seus mercados o setor das algas em Portugal projeta crescer entre 10% e 15% ao ano até 2030, sustentada pelo aumento da capacidade produtiva, novos investimentos e avanços tecnológicos”, revela a associação.

Em 2023, as empresas associadas da Proalga – Associação Portuguesa dos Produtores de Algas – registaram um volume de faturação de 9,2 milhões de euros. “De então para cá a trajetória tem sido de crescimento consistente, ancorada, por um lado na crescente procura global de soluções sustentáveis, e, por outro, na capacidade de inovação da indústria nacional”, revela a associação liderada por a Frederico Velge.

As empresas portuguesas estão a consolidar-se como fornecedoras estratégicas de ingredientes alimentares à base de algas, “com elevado valor acrescentado nas áreas dos suplementos, da biotecnologia alimentar – e também da cosmética”, defende a associação.

Atualmente, o setor conta com 21 empresas dedicadas às macroalgas e 26 focadas em microalgas, abrangendo atividades que vão do cultivo e transformação à engenharia, consultoria e comercialização.

Entre as principais empresas destacam-se a Allmicroalgae, a Necton (a mais antiga produtora de microalgas da Europa), a ALGAplus, a Green Aqua Póvoa e a Iberagar, além de produtores artesanais especializados em Spirulina.

A capacidade de produção e de exportação, segundo o presidente da Proalga, “posiciona Portugal como um dos principais polos de desenvolvimento da bioeconomia azul na Europa”, revela a associação.

“O crescimento do setor das algas em Portugal resulta de uma combinação estratégica de fatores: investimento em inovação tecnológica, diversificação de aplicações e crescente procura por soluções sustentáveis”, afirma o presidente da Proalga.

Suplementos alimentares, biotecnologia alimentar e cosmética são as principais aplicações.

“Os resultados vão ser partilhados no 1.º Congresso Internacional da Biotecnologia das Algas que a Proalga e o GreenCoLab organizam entre 9 e 11 de abril, em Lisboa”, revela a associação.

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