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Exportações extracomunitárias suportaram 801 mil postos de emprego em Portugal em 2019

O crescimento de 130% nas exportações extracomunitárias desde 2000 resultou num aumento de 75% nos empregos estimulados pelo comércio internacional, sendo que estes têm vencimentos 12% superiores à média do resto da economia.
12 Novembro 2021, 15h18

As exportações da União Europeia (UE) para o resto do mundo estimulam cerca de 38 milhões de empregos, segundo um relatório da Comissão Europeia conhecido esta sexta-feira, um número que cresceu em onze milhões desde 2008 e que não contabiliza as externalidades positivas intracomunitárias decorrentes das vendas ao exterior. Para Portugal, este número é estimado em 801 mil.

O crescimento de 130% nas exportações entre 2000 e 2019 refletiu-se num aumento de 75% nos postos de trabalho impactados pelo comércio internacional comunitário, detalha o relatório, que conclui que a intensificação das trocas com o exterior estimula a criação de emprego.

Para Portugal, a estimativa de Bruxelas é que 801 mil empregos tenham sido apoiados, em 2019, pelas exportações europeias para o espaço extracomunitário, um valor que representa uma subida em relação aos 672 mil verificados em 2014. Destes últimos, 8,3% estava relacionado com a indústria de metais básicos e não-metais e 8,0% com a indústria têxtil.

Acresce que as exportações nacionais estimularam, em 2019, 775 mil empregos na UE como um todo. Em 2014, este número havia sido de 650 mil, dos quais 18% eram de elevada especialização, 27% de média e os restantes 55% de baixos níveis de conhecimentos técnicos.

Ainda assim, estas percentagens eram já uma melhoria clara em relação às estatísticas de 2008, quando os 488 mil empregos europeus apoiados pelas exportações europeias se relacionavam, em 70% dos casos, com atividades de baixa especialização, por oposição a apenas 12% de alta nível de competências.

Estes empregos são, em média, 12% mais bem pagos do que a média da economia como um todo, acrescenta o documento, o que espelha bem a importância do comércio internacional na realidade europeia, sublinha o comissário Valdis Dombrovskis.

“Estes números confirmam que o comércio internacional é um dos principais motores para a criação de emprego na UE, demonstrado pelos incríveis 75% de aumento nos trabalhos relacionados com exportações nas últimas duas décadas. À medida que a recuperação económica ganha ímpeto, será nossa prioridade continuar a estimular as exportações e a criar mercados para os bens e serviços europeus”, afirmou o responsável pela pasta do Comércio na UE.

A Comissão Europeia sublinha ainda a importância destas conclusões para as pequenas e médias empresas do espaço comunitário, que compõem 93% do seu tecido exportador, pelo que se torna fulcral divulgar e explicar os 45 acordos comerciais da UE com o resto do mundo e aprofundar estes ao mesmo tempo que se procuram novas geografias.

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