O papel em bolsa da maior parte dos fabricantes de automóveis chineses subiu na sessão desta manhã, impactando o anúncio da criação de tarifas adicionais sobre os veículos elétricos importados deste asiático, que ficarão abaixo do que chegou a ser avançado pelo prestigiado britânico Financial Times (FT).
As ações da BYD, maior fabricante recuperaram mais de 7% na expectativa de ter tarifas mais baixas (17,4% face à média de 21%) após cooperar com a investigação de Bruxelas. Também a A Geely, outra das empresas alvo de tarifas ligeiramente inferiores à média registou um desempenho bolsista positivo.
Bruxelas anunciou esta quarta-feira, 12 de junho, a imposição de tarifas até 38% sobre os carros elétricos chineses. As empresas que colaborem com a investigação serão alvo de tarifas médias de 21%, enquanto as que não colaboraram serão sancionadas com 38,1%, valores que se somarão aos 10% que já eram aplicados até agora.
A medida também afeta empresas estrangeiras que fabricam carros na China e enviam-nos para a Europa, como a Tesla.
As novas tarifas deverão entrar em vigor provisoriamente antes de 4 de julho e definitivamente em novembro.
A Comissão Europeia argumenta que os produtores chineses recebem subsídios do Estado o que lhes permite obter uma vantagem competitiva. Por outro lado, a China é o maior mercado automóvel mundial e Pequim pode colocar entraves à importação de veículos europeus.
Há menos de um mês, os Estados Unidos anunciaram uma subida das tarifas para 100% sobre os veículos elétricos chineses.
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