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Falta de profissionais no SNS: BE pediu audição com “urgência” com conselhos de administração de centros hospitalares

O partido liderado por Catarina Martins justifica que pede audição porque “depois das demissões do Diretor Clínico e dos 87 profissionais do Centro Hospitalar de Setúbal e da falta de cerca de 53 médicos no Centro Hospitalar de Leiria”.
Tiago Petinga/Lusa
8 Outubro 2021, 18h21

O Bloco de Esquerda pediu, esta sexta-feira, audição com “urgência” com conselhos de administração de centros hospitalares, depois de ter sido divulgada a informação de que existia falta de profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

No requerimento enviado ao Governo o BE explica que pretende “audição, com caráter de urgência, dos Conselhos de Administração do Centro Hospital de Setúbal, do Centro Hospitalar de Leiria, do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo e da Ministra da Saúde, relativamente à preocupante falta de profissionais nestas unidades do Serviço Nacional de Saúde”.

O partido liderado por Catarina Martins justifica que pede audição porque “depois das demissões do Diretor Clínico e dos 87 profissionais do Centro Hospitalar de Setúbal e da falta de cerca de 53 médicos no Centro Hospitalar de Leiria, foram, nas últimas horas, conhecidas outras preocupantes situações que têm colocado em causa a capacidade de resposta de vários serviços em diversos hospitais do SNS”.

Entre os problemas registados no SNS o BE destaca “a falta de cerca de 100 médicos no Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, a situação preocupante que se vive no Hospital Egas Moniz, onde a maioria dos blocos operatórios estão parados por falta de anestesistas, obrigando a realizar cirurgias no setor privado, e o fecho temporário da urgência de obstetrícia do hospital de Beja devido à falta de médicos da especialidade de obstetrícia para o preenchimento da escala”.

“Cerca de uma dezena de anestesistas do hospital Egas Moniz pediram a reforma e nenhum foi substituído e, quem acabou a especialidade, não quer ficar no hospital, migrando desta forma para o setor privado, por falta de políticas que garantam condições no SNS”, refere o BE no documento assinado pelo deputado Moisés Ferreira.

O SNS enfrenta um problema com a escassez de profissionais, que foi abordado durante reunião plenária esta semana com o primeiro-ministro, que garante que o reforço no Serviço Nacional de Saúde tem sido feito.

Relativamente ao rácio de profissionais por mil habitantes em Portugal, os enfermeiros apresentam 7,4 e os médicos 5,4. Neste momento, há 30.873 médicos a exercer no SNS, sendo que dez mil são internos e 49.490 enfermeiros. Mais de um milhão de utentes não têm médico de família.

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