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Federação dos Médicos contraria Governo e garante que aumento médio é de apenas 3,6%

A FNAM liderada por Joana Bordalo e Sá afirma esta quinta-feira que o aumento médio do salário dos médicos será de 3,6% até 2027, “muito longe dos 10% anunciados” pelo Ministério da Saúde.
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2 – Médicos de família e de clínica geral
9 Janeiro 2025, 10h51

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusa o Ministério da Saúde e a ministra Ana Paula Martins de não querer negociar de forma séria com os médicos e de mentir nos números.

“O aumento médio do salário dos médicos será de 3,6% até 2027, muito longe dos 10% anunciados”, afirma esta quinta-feira, 9 de janeiro a estrutura liderada por Joana Bordalo e Sá.

Após ter analisado a informação disponibilizada publicamente, a FNAM coloca novos dados em cima da mesa em comunicado enviado às redações. A saber: “Em 2025, os médicos especialistas não terão qualquer aumento específico em cada uma das posições da sua tabela remuneratória. Desconhece-se qualquer forma de progressão nesse posicionamento, que não seja por força da avaliação”, escreve a FNAM.

Prossegue: “Até 2027, e comparativamente com 2024, os médicos internos avançam apenas 1 nível da Tabela Remuneratória Única (TRU) (56,58€), ou seja, um aumento de 3,2% se forem de formação geral, 2,7% de formação específica nos primeiros anos e 2,4% nos últimos anos”.

Também até 2027, e comparativamente com 2024, os médicos Assistentes serão aumentados no máximo em 7%. “Os Assistentes na 1ª posição sobem apenas 2 níveis na TRU em 2026 (3,4%) e em 2027 (3,6%). Os médicos Graduados na 1ª posição sobem apenas 1 nível na TRU em 2026 (1,5%) e 3 níveis em 2027 (4,7%), ou seja, 6,2%”, detalha.

Por fim, a FNAM diz que as três posições de Assistente Graduado Sénior não são contempladas com qualquer subida de níveis da TRU. Além disso, acrescenta, as vagas abertas para esta categoria limitam-se a 350/ano até 2027, e deixarão de fora a esmagadora maioria dos 7 mil graduados que poderiam concorrer.

A FNAM considera que para que a perda do poder de compra na última década fosse recuperada em 2024, a atualização salarial para os médicos teria que ter sido de 20%. “Os valores que o MS pretende atribuir aos médicos, em 3 anos, até 2027, são manifestamente insuficientes e não fazem face à inflação vindoura”, salienta.

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