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Fenprof estima que mais de 100 mil alunos não tenham os professores todos

Segundo a Federação Nacional dos Professores, o problema esta longe de resolvido. “A tendência, nestes dias, não tem sido para a redução, mas para o aumento do número de horários não preenchidos”, afirma, esta quarta-feira, a estrutura liderada por Mário Nogueira.
22 Setembro 2021, 17h59

As aulas nos ensinos básico e secundário arrancaram há praticamente uma semana, mas são ainda muitos os alunos que continuam sem professor na disciplina X ou Y. “Serão mais de cem mil alunos que não têm, ainda, todos os seus professores”, afirma a Federação Nacional de Professores – Fenprof, para quem o problema esta longe de resolvido.

“A tendência, nestes dias, não tem sido para a redução, mas para o aumento do número de horários não preenchidos”, adianta a maior federação de sindicatos de professores do país.

De acordo com os dados disponíveis em 21 de setembro, ontem, terça-feira ao final do dia ascendia a 1.855 o número total de horários em oferta para contratação de escola. A Fenprof, que acompanha  diariamente o evoluir da situação, denuncia ainda a existência de 1694 horários correspondentes a grupos de recrutamento e contabiliza em 1517 o número de horários correspondentes a grupos de recrutamento com, pelo menos, oito horas (não preenchidos pela reserva de recrutamento).

Esta terça-feira também, o número total de horas a concurso (só dos grupos de recrutamento) situava-se em  24 456, sendo de 14,4 o número médio de horas dos horários correspondentes a grupos de recrutamento.

“A opção pela contratação de escola não resolve o problema da falta de professores”, afirma a Fenprof que alerta que o problema “não é tão irrelevante como alguns querem fazer crer”. Como se resolve? “Com medidas concretas”,  adianta, no curto e no longo praz. No imediato, com o completamento dos horários incompletos ou a criação de incentivos para a deslocação e fixação de docentes em áreas carenciadas”. A médio e longo prazo, “resolve-se com a valorização da profissão docente, designadamente no que respeita a estabilidade, carreira ou condições de trabalho, medidas indispensáveis para tornar a profissão atrativa”, adianta.

No dia 5 de outubro, Dia Mundial do Professor, os docentes estarão na rua para exigir a valorização da sua profissão, fundamental para o futuro do país.

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