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Fernando Medina reage às acusações do Governo: “Todas as despesas tinham cabimento orçamental”

O ex-ministro das Finanças foi acusado pelo atual Governo de ter deixado as contas públicas em mau estado. Fernando Medina garante que “todas as despesas tinham cabimento orçamental”.
2 Maio 2024, 15h32

Fernando Medina, ex-ministro das Finanças e atual deputado do PS, garantiu esta quinta-feira em declarações no Parlamento que “todas as despesas tinham cabimento orçamental”, refutando assim as acusações de Joaquim Miranda Sarmento sobre um aumento de despesas de cerca de mil milhões sem cabimentação orçamental.

Em comunicação aos jornalistas, Fernando Medina detalhou algumas informações referentes à passagem de pasta para o atual ministro das Finanças: “Governo vem agora mostrar-se surpreendido com os dados da Direção-Geral do Orçamento. No fundo, usa de uma falsidade já que afere que o país tem um problema de natureza orçamental. E não tem”.

“Houve uma política verdadeira, efetiva e de diminuição de impostos que o anterior Governo registou. Há menor arrecadação de impostos e um crescimento da despesa. Há um conjunto de despesas que se realizam só este ano e não terão repetição”, destacou Fernando Medina. “Todas as despesas que autorizei tinham cabimento orçamental”, garantiu.

O ex-ministro das Finanças revelou “profunda preocupação” pelas declarações de Joaquim Miranda Sarmento e considerou que as declarações do governante ou revelam “a profunda impreparação da equipa política e do ministro ou a concretização da falsidade como instrumento de combate político”.

PSD requer audição urgente de Fernando Medina

O PSD vai requerer a audição urgente do ex-ministro das Finanças Fernando Medina por ter alegadamente autorizado, já depois das legislativas, um aumento de despesas de cerca de mil milhões sem cabimentação orçamental, anunciou hoje o líder parlamentar social-democrata.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, Hugo Soares referiu que o atual ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, revelou hoje que o anterior executivo, já depois das legislativas de 10 de março, autorizou um conjunto de despesas “na ordem dos mil milhões de euros, algumas delas sem cabimentação orçamental”.

Para o líder parlamentar do PSD, “isto é de uma tremenda deslealdade, negligência, que põe em causa o que era expectável que fosse a saúde das finanças públicas”.

“Creio que um Governo que, depois das eleições, autoriza despesa na casa dos mil milhões de euros, muita dela sem estar cabimentada, só pode ser acusado de um Governo irresponsável e absolutamente negligente, que quer hipotecar o futuro de quem legitimamente a seguir deveria governar os destinos de Portugal”, acusou.

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