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Ferro Rodrigues declara apoio a Marcelo durante almoço com Costa no Bairro Alto

Com o primeiro-ministro ao seu lado, o presidente da Assembleia da República diz que apoia Marcelo Rebelo de Sousa nas presidenciais. Já António Costa disse hoje à TSF que “não é preciso ser vidente” para adivinhar que Marcelo vai ganhar se se voltar a recandidatar.
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18 Maio 2020, 14h50

Marcelo Rebelo de Sousa ganhou um apoio para as eleições presidenciais durante o almoço do primeiro-ministro com o do presidente da Assembleia da República esta segunda-feira.

Com António Costa ao seu lado, Eduardo Ferro Rodrigues declarou hoje o seu apoio nas eleições se o atual Presidente da República se vier a recandidatar.

“Ainda faltam seis meses, não é muito tempo, para a campanha presidencial, vejo como normal que algumas pessoas tentem marcar terreno, marcar uma posição”, começou por dizer a segunda figura do Estado.

“Sobre as presidenciais não mudei uma vírgula do que disse há mais de um ano e meio: se as eleições fossem amanhã, não hesitaria em votar no professor Marcelo. Não tenho motivos nenhuns para retirar essa afirmação”, disse, em declarações transmitidas pela SIC Notícias esta segunda-feira

As declarações foram feitas à entrada para o restaurante Alfaia, no Bairro Alto em Lisboa, onde foi almoçar com o primeiro-ministro para enviar uma mensagem de confiança aos portugueses, no dia em que reabriram os restaurantes em Portugal depois de fechados durante dois meses devido à pandemia da Covid-19.

Esta manhã, o primeiro-ministro foi questionado na TSF sobre as suas declarações na semana passada durante uma visita conjunta com o Presidente da República à fábrica Autoeuropa.

A 13 de maio, o primeiro- ministro disse que queria regressar à Autoeuropa em 2021 se o Presidente da República fosse reeleito nas eleições presidenciais de janeiro de 2021.

“Qualquer seja o meu sentido de voto, creio que é uma coisa mais ou menos pacifica, não é sequer necessário antecipar que daqui a um ano, se houver candidatura do professor Marcelo, ele será eleito pelos portugueses, não é preciso ser vidente que esse será o resultado obvio”, afirmou em entrevista à TSF.

“O voto é secreto. O primeiro-ministro deve manter uma regra, terá de trabalhar com qualquer PR escolhido pelos portugueses”, afirmou.

Sobre as declarações feitas na Autoeuropa, hoje mostrou a sua admiração por esta “expressão” ter criado tanto “agitação”, por considerar que disse uma “coisa de particular bom senso”, considerando que existe um “desejo profundo dos portugueses em termos de estabilidade quanto ao exercício da função presidencial”, usando como barómetro as sondagens e o feedback que tem na rua dos portugueses sobre a atuação de Marcelo Rebelo de Sousa.

Sobre se o PS iria apoiar Marcelo Rebelo de Sousa ou uma eventual candidatura de Ana Gomes, António Costa disse que o “PS nunca lançou um candidato”, mas que apoiou uma candidatura que já existia, dando o exemplo da candidatura de Sampaio da Nóvoa em 2016, que perdeu contra o atual Presidente.

“O PS nunca apresentou candidatos, apoiou ou não apoiou. Foi sempre esta a regra”, acrescentou, apontando que o PS não tomará nenhuma posição antes dos candidatos serem todos conhecidos.

A única coisa certa, é que o PS não vai “seguramente” apoiar a candidatura do deputado e líder do Chega, André Ventura, afirmou António Costa na TSF.

 

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