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Fesap: ”É um orçamento de continuidade e sem grande novidade”

”O Orçamento de Estado dá continuidade ao período mais longo da democracia sem qualquer aumento salarial. Não podemos estar contentes. É uma desilusão a ausência de propostas concretas.” revelou João Abraão, em declarações ao Jornal Económico.
Dinheiro Vivo
16 Outubro 2018, 11h52

João Abraão, dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP), referiu, esta terça-feira, ao Jornal Económico, estar desiludido com a ausência de uma proposta em concreto para o aumento dos salários dos trabalhadores da Função Pública.

”Trata-se de um orçamento de continuidade e sem grande novidade. Dá continuidade ao período mais longo da democracia sem qualquer aumento salarial. Queríamos propostas concretas e não existem. Não sei se o Governo está empenhado para houver aumentos salariais a todos os trabalhadores. Essa é a grande questão. Há um congelamento nos salários. Esperemos que as negociações continuem”, revelou o dirigente ao semanário, pouco depois da apresentação do Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2019).

”Não havendo alteração nos escalões de IRS receamos, sinceramente, que muitos dos trabalhadores que passam por mudanças de remuneração, possam ser confrontados com a necessidade de terem de pagar mais IRS. E isso é uma preocupação séria”, sublinhou João Abraão.

O líder da FESAP mostrou-se ainda preocupado com o conjunto de trabalhadores que não têm aumento salarial desde 2009: “Isto leva-nos a concluir que os salários da função publica vão continuar a degradar-se por falta de aumentos. É uma desilusão a ausência de propostas concretas. O aumento dos salários na administração publica? Não sei se haverá”, explicou.

Esta manhã, na conferência de imprensa de apresentação do OE2019, o ministro das Finanças português, Mário Centeno, confirmou que há uma verba de 50 milhões destinada a aumentos para os trabalhadores do Estado.

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