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Festa do Avante com redobrada atenção “às questões de higiene e segurança alimentar”

Será privilegiado “o pagamento digital com cartão e a forma de pagamento contactless” para evitar a utilização de dinheiro. No entanto, vão existir “dois pontos de Multibanco para levantamentos no recinto”, refere o PCP.
14 Agosto 2020, 12h07

Depois de muito se debater sobre a Festa do Avante, o PCP anunciou na quinta-feira, 13 de agosto, as novas medidas de segurança para o evento do partido, no jornal Avante.

O partido comunista garante que será dada redobrada atenção “às questões da higiene e segurança alimentar, as ações de formação e os manuais serão adaptados à legislação atual”. “Será utilizado equipamento de proteção individual e serão acrescentados dispensadores de álcool gel aos dispensadores de sabão antibacteriano já utilizado”, assegura o partido sobre o evento que se vai realizar nos dias 4,5 e 6 de setembro.

Sobre a utilização de proteção facial, os comunistas referem apenas que “é recomendado que levem máscara, porque o seu uso será obrigatório no acesso a espaços e a todos os serviços de atendimento”, mas não especificam se será necessário utilizar máscara no restante recinto.

A desinfeção também é destacada pelos responsáveis do Avante que apontam que “será garantida a permanência de uma equipa de limpeza em cada instalação e o seu encerramento temporário em horário fixo para limpeza e desinfeção mais frequente e mais profunda”.

Os comunistas destacam que existirá “mais espaço à disposição dos visitantes. Serão cerca de mais 10 mil m2 que estarão acessíveis aos visitantes, contribuindo assim para o descongestionamento e alargamento de todas as áreas com atividades e para uma adequada circulação”.

“As portas da 44.ª edição da Festa do Avante abrirão mais cedo de forma a evitar aglomerações junto das entradas, a Porta da Quinta da Princesa e a Porta da Quinta do Cabo abrirão ao público na sexta-feira, pelas 16h”, informou o PCP.

Outra das novidades introduzidas pelo PCP é o “assistente de plateia” cuja função será “facilitar o encaminhamento para a ocupação dos lugares e um papel de ajuda ao respeito pelas regras”.

Será privilegiado “o pagamento digital com cartão e a forma de pagamento contactless” para evitar a utilização de dinheiro. No entanto, vão existir “dois pontos de Multibanco para levantamentos no recinto”, refere o PCP. O número de bares e restaurantes, segundo os comunistas, “será igualmente reduzido, enquanto que as esplanadas, com distanciamento assegurado entre mesas e cadeiras, serão alargadas!.” Também nesses espaços serão garantidas equipas de higienização permanentes e pontos de água e sabão acrescidos”, completa o PCP.

A realização da Festa do Avante tem provocado controvérsia desde que o Parlamento aprovou a 14 de maio a lei que proíbe até 30 de setembro a realização de “festivais e espetáculos de natureza análoga”. A festa realizada pelo PCP ficou fora desta decisão por se considerar um evento de “realização político cultural”.

“A Festa do Avante não é um simples festival de música, é uma grande realização político cultural que se realiza desde 1976, muitos anos antes da existência daquele tipo de festivais”, frisou o PCP em comunicado de imprensa, em maio.

A discussão em torno da Festa do Avante não ficou por aí, sendo este um tema que continua a ser debatido. Na quarta-feira, 12 de agosto, a ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva lembrou que “a Constituição não pode proibir nenhuma atividade política. A decisão é da exclusiva responsabilidade da organização mas tem que haver cumprimento das regras vigentes sem qualquer exceção”.

Já o líder do PSD, Rui Rio apontou na terça-feira, 11 de agosto, através do Twitter que “se reduzirem a lotação máxima (100.000 pessoas) em 50%, ela passará a corresponder ao Estádio do Porto ou do Sporting completamente cheios”.

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