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Fileira lusa de fusão nuclear já gerou 100 milhões em negócios

Portugal conta com 20 fornecedores para projetos europeus e mundiais.
United Kingdom Atomic Energy Authority
28 Novembro 2024, 18h54

A fileira lusa de fusão nuclear já gerou 100 milhões de euros em negócios entre 2009 e 2024.

Portugal ocupa o sexto lugar no volume de negócios com a Fusion For Energy, organismo que pertence à União Europeia para fomentar negócios nesta área, e com a International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER), projeto internacional de pesquisa para a fusão nuclear.

“Este valor traduz-se no 4º índice de retorno industrial mais alto da Europa, atrás apenas de França, Espanha e Itália. De sublinhar que Portugal se destaca por ser o único país que nunca teve energia nuclear no seu território e que está no topo da lista de maiores fornecedores do ITER”, segundo o balanço feito pela Agência Nacional de Inovação (ANI),

“O ITER é um dos maiores projetos científicos mundiais, visando demonstrar a fusão nuclear como uma fonte de energia limpa e sustentável. Sediado em Cadarache (França), o ITER reúne 35 países, entre os quais membros da União Europeia, Estados Unidos, China, Índia, Japão, Coreia do Sul e Rússia. A Europa contribui com aproximadamente metade do orçamento do ITER, principalmente através da entrega de componentes, gerida pela agência europeia Fusion for Energy, sediada em Barcelona”, explica a ANI.

Entre os 20 fornecedores nacionais, destacam-se o ISQ, Martifer, Critical Software, Active Space Technologies, A. Silva Matos, HBK Fibersensing, Lusospace, Bocotelha e o Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) do Instituto Superior Técnico (IST), “responsável pela contribuição científica nacional para o roteiro europeu da fusão nuclear, no âmbito do consórcio EUROfusion”.

“A ANI assume, desde 2019, a função de Industrial Liaison Officer (ILO) para organizações científicas internacionais. CERN, ITER e ESRF (European Synchrotron Radiation Facility) são as principais entidades para as quais a Agência está mandatada, mobilizando as empresas nacionais para a participação no mercado de compras tecnológicas destas organizações de “Big Science”. De sublinhar que a indústria da “Big Science” é um dos pontos estratégicos do programa “Acelerar a Economia” do Governo português que propôs 60 medidas, fiscais e económicas, para dinamizar a economia portuguesa”, pode-se ler.

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