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Finangeste com 1,2 mil milhões de crédito malparado e 600 milhões em imóveis sob gestão

O primeiro bad bank criado em Portugal é hoje uma empresa privada e está a assinalar 40 anos de vida, sendo responsável pela gestão de carteiras de créditos não produtivos (NPL) no valor de 1,2 mil milhões de euros e de ativos imobiliários no valor de 600 milhões de euros.
28 Novembro 2018, 17h00

A Finangeste, empresa especializada na gestão de créditos em incumprimento e na gestão de imobiliário, celebra 40 anos hoje. O primeiro bad bank criado em Portugal, e um dos pioneiros a nível europeu, começou por ser um empresa estatal e é hoje uma empresa privada, sendo responsável pela gestão de carteiras de créditos não produtivos (NPL), vulgarmente conhecido por crédito malparado, no valor de 1,2 mil milhões de euros e de ativos imobiliários no valor de 600 milhões de euros.

A empresa diz que pretende crescer na aquisição de imóveis e no desenvolvimento de projetos de investimento. “Reforçar a aquisição de NPL no segmento corporate é outra das vias de expansão”, diz a Finangeste.

A administração liderada por Rui Madeira explica que “os principais objetivos da Finangeste a curto e médio prazo consistem no crescimento da aquisição de imóveis e de portfólios de NPL’s de clientes corporate”.

Três anos depois de ter sido adquirida pelos atuais acionistas, os seus ativos são constituídos por portfólios de gestão corrente e por projetos de investimento de curso que “correspondem a um crescimento muito acentuado de cerca de 700%”, indica a empresa em comunicado.

No setor imobiliário, a estratégia passa por fazer crescer a aquisição de portfólios de imóveis, “com uma abordagem de criação de valor que poderá incluir desde a promoção e reabilitação de ativos à redefinição e reposicionamento de projetos, através da montagem de negócios e captação de investidores”, diz a Finangeste.

Esta tem sido já uma área de aposta da empresa, que nos dois últimos anos captou cerca de 500 milhões de euros de investimento internacional para o desenvolvimento de projetos imobiliários em todo o país.

“Estes projetos incluem a reabilitação de habitação, armazéns e instalações industriais,
escritórios, bem como a construção em terrenos para vários usos, tais como o turístico, habitacional, escritórios ou de segmentos alternativos como as residências universitárias”, refere a sociedade.

“Em 2019, a Finangeste conta ter mais de 200.000 m2 de construção em Portugal em projetos de investimento geridos e coordenados por si. Sem excluir outras iniciativas de investimento, a aposta nesta área foca-se no desenvolvimento de grandes projetos imobiliários nos setores de escritórios e residencial, especialmente os dirigidos à classe média portuguesa”, acrescentam.

A administração da Finangeste diz que Portugal atravessa “um momento extraordinário de desenvolvimento e de oportunidades no setor imobiliário, que se traduz também num grande interesse de investidores institucionais internacionais, parceiros da Finangeste, em investir no nosso país, pelo que a aposta futura da empresa centra-se, sem excluir outras iniciativas de investimento, no ramo imobiliário com a promoção e construção de grandes projetos imobiliários nos setores de escritórios e residencial, até porque a classe média portuguesa continua a evidenciar uma forte procura de casas para as suas famílias e a Finangeste está assim a posicionar-se neste mercado”.

A Finangeste foi criada pelo Governo Português em 1978, como Empresa Pública, tendo sido convertida em 1982 em Sociedade Anónima, com objetivo de gerir elevados volumes de ativos malparados, constituídos por créditos, imóveis e participações financeiras de vários bancos e outras instituições de crédito. Em 2015, a Finangeste foi vendida aos atuais acionistas e atualmente os seus principais ativos correspondem a créditos sobre grandes empresas, com garantias hipotecárias ou não; créditos sem garantia; imóveis, projetos imobiliários e participações financeiras em diferentes tipos de sociedade.

A partir daí “a estratégia da empresa evoluiu para um forte crescimento na prestação de serviços a investidores internacionais, quer na aquisição de NPL’s de empresas (corporate), quer na gestão de carteiras de imóveis provenientes de bancos e outras entidades”, diz a Finangeste.

A celebrar os 40 anos no Hotel Ritz, a Finangeste conta com a presença de um representante do Ministério das Finanças (Secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix).

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