Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusou, esta quarta-feira, o ministro da Saúde de promover a a desigualdade em vez da equidade nos médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em comunicado, a FNAM apontou que “o Ministro Manuel Pizarro tem verbalizado habilmente na comunicação social, a manutenção da desigualdade em vez da equidade nos médicos”.
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Para a federação a “abertura em negociar de Manuel Pizarro reflete-se na reposição da jornada das 35 horas, mas apenas para os médicos especialistas hospitalares que fazem serviço de urgência (SU)”.
“Além disso, na dedicação plena, mantém o aumento do trabalho suplementar para além dos limites legais de 150 horas, o aumento medieval da jornada diária de 8 para 9 horas, o fim do descanso compensatório após o trabalho noturno, e a inclusão do sábado como um dia de trabalho regular para os médicos que não fazem SU”, destacou a FNAM.
Segundo a federação, o Ministro da Saúde “insiste num salário base sem equidade entre os médicos, sem a justa atualização, e sem garantir, transversalmente, a recuperação do poder de compra para todos, culminando numa fragmentação que em nada contribuirá para atrair e fixar médicos no SNS”.
“A grande unidade dos médicos é, por esta altura, o melhor garante que não pode continuar tudo na mesma, pelo que, reafirmamos as formas de lutas programadas, possíveis de reverter quando o Governo estiver à altura de legislar de acordo com as necessidades dos utentes e do país”, sublinhou a FNAM.
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