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FNAM considera acordo com o Governo ‘mau’, uma vez que crise no sector da saúde permanece

A FNAM considera que os aumentos salariais propostos pelo Governo estão “longe da reinvindicação inicial, incapazes de recuperar o poder de compra perdido pelos médicos ao longo dos últimos 12 anos de salários congelados”.
1 Dezembro 2023, 17h56

A federação nacional dos médicos (FNAM) salienta que a proposta apresentada pelo Governo a 28 de novembro sobre o aumento salarial dos médicos contempla valores “longe da reinvindicação inicial, incapazes de recuperar o poder de compra perdido pelos médicos ao longo dos últimos 12 anos de salários congelados” e que, para além disto, o Governo não será capaz de resolver a crise que se vive nos serviços de urgência.

O Governo informou que iria proceder a atualização salarial para todos os médicos, internos e especialistas, sendo que as tabelas remuneratórias são comuns a todos os médicos e aplicam-se a todos os sindicalizados ou não sindicalizados, internos ou especialista, em contrato de trabalho em funções ou em contrato individual de trabalho no SNS.

“Entendemos que a questão sobre a aplicabilidade das tabelas remuneratórias é um “não assunto”, que gera ruído para desviar do foco da evidente insuficiência deste mau acordo para os médicos, mas acima de tudo para o SNS, que vai continuar sem capacidade de fixar e recuperar médicos para as suas fileiras”, sublinha a FNAM.

A FNAM considera que este aumento se trata de um “aumento discricionários consoante o regime de trabalho e a antiguidade, falhando na equidade que teriam que ter para serem justos”, uma vez que os aumentos vão apenas rondar os 12% e 3%, que correspondem a 200 euros mensais líquidos, uma vez que já está contemplado o aumento de 3% atribuído à função pública.

Para agravar este quadro, ainda continuam a ser encerrados serviços de urgência de ginecologia-obstetrícia, como foi aconteceu hoje no hospital de São Francisco Xavier.

Em comunicado a federação dos médicos revela que “vai continuar a lutar por salários justos e melhores condições de trabalho, para todos os médicos, e a lutar para que continuemos a ter um SNS público, universal, acessível e de qualidade, realidade que só se garante com médicos, os médicos de e para toda a população”.

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