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Fórum para a Competitividade prevê queda do PIB até 12% este ano

Para o próximo ano, a entidade liderada por Pedro Ferraz da Costa antevê uma recuperação do PIB entre 5% e 6%.
22 Outubro 2020, 19h27

O Fórum para a Competitividade prevê que uma contração económica este ano que pode chegar aos 12%, antecipando uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de, pelo menos, 9%, antes de uma recuperação entre 5% e 6% em 2021, de acordo com o relatório de Perspetivas Empresariais divulgado esta quinta-feira.

“No terceiro trimestre, a recuperação terá sido modesta e no quarto trimestre, com a reposição de restrições à circulação e à atividade, há a possibilidade de um retrocesso. Para 2020, (excluindo as previsões extremas), as diferentes instituições estimam que o PIB poderá ter uma variação entre -9% e -11%, com uma recuperação em 2021, entre 5% e 6%”, explica o fórum.

A entidade liderada por Pedro Ferraz da Costa considera que as exportações nacionais estão a recuperar lentamente. “Com a exceção notável da construção, os restantes sectores revelaram uma recuperação incerta, com grandes oscilações nas perspetivas. No extremo oposto está o turismo, com quedas drásticas nos proveitos, com os turistas residentes a compensar apenas parcialmente a diminuição do número de não residentes”, pode ler-se no documento.

O Fórum para a Competitividade destaca também o abrandamento na concessão do crédito ao consumo – o crédito a particulares abrandou para 0,7% em julho. “As pessoas não estão a comprar por terem menos rendimento, mas porque estão com medo do futuro”, alerta Pedro Ferraz da Costa, que defende ainda que seja uma estrutura independente a controlar a aplicação dos fundos de Bruxelas em Portugal.

As estimativas publicadas hoje contrastam com as do Ministério das Finanças, que antecipa para este ano um retrocesso de 8,5% do PIB, bem como com as do Fundo Monetário Internacional (10%), do Banco de Portugal (8,1%), do Conselho das Finanças Públicas (9,3%), da Comissão Europeia (9,8%) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (9,4%).

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