A Alta Autoridade de Saúde francesa recomendou uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 a todas as pessoas com mais de 65 anos, esta terça-feira, segundo o “Le Monde”.
A autoridade independente propõe, portanto, a administração de uma dose de reforço a partir dos 65 anos, “bem como para todas as pessoas com comorbidades que aumentem o risco da contração do vírus e de morte” .
Esta dose adicional de vacina deve ser injetada num período mínimo de seis meses após “a vacinação primária completa”, ou seja, duas doses, de acordo com o esquema clássico, uma dose para pessoas que já foram infetadas com Covid -19, ou três doses para pessoas imunodepressivas. Uma segunda dose pode ser oferecida a pessoas que receberam a vacina da Johnson & Johnson quatro semanas após a primeira vacina.
“Não será uma obrigação, lembro-vos, será um forte incentivo para que dure esta proteção conferida pela vacinação”, disse Olivier Véran, ministro da Saúde francês.
Até ao momento nenhuma farmacêutica pediu à Agência Europeia do Medicamento (EMA) autorização para uma dose de reforço das vacinas contra a covid-19, uma vez que ainda não decidiu “se e quando” será necessária esta dose suplementar.
Apesar de a Organização Mundial de Saúde (OMS) pedir que as doses de reforço sejam adiadas até que se registe um aumento das taxas de vacinação em países onde apenas 1% ou 2% da população foi inoculada, são cada vez mais os países que estão a adotar esta estratégia vacinal.
Em Israel, por exemplo, nos últimos 10 dias, o número de infetados tem vindo a diminuir entre a faixa etária com mais de 60 anos, o primeiro grupo de pessoas a receber a terceira dose, segundo a “Reuters”. A 30 de julho Israel começou a administrar a terceira dose da vacina Pfizer/BioNtech a pessoas com mais de 60 anos, tendo sido o primeiro país a fazê-lo. Entretanto, a elegibilidade foi estendida a pessoas com 40 anos ou mais.
Além de Israel também a Rússia, EUA, Hungria, República Dominicana, Uruguai estão a adotar a administração da terceira dose da vacina contra a Covid-19 para travar a propagação da variante Delta.
Em Portugal a decisão continua nas mãos da Direção Geral de Saúde (DGS), como explicou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, esta terça-feira. “Não há nenhuma decisão sobre a terceira dose de vacina, é um assunto que a DGS está a tratar. Não há sequer certeza científica da sua necessidade”, sublinhou o representante da task force.
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