Apesar de ser considerada cada vez mais como um elemento importante no combate à fraude e corrupção, a tecnologia continua a não chegar a todas as empresas nacionais, nomeadamente a 48% das 137 inquiridas no estudo ‘Corruption & Fraud Survey’ de 2023 da consultora Deloitte.
Das 52% de empresas que têm ao seu dispor este tipo de ferramentas, a utilização de ferramentas especializadas de analytics para a deteção de fraude (39%) e ferramentas para background checks (38%) são as mais comuns.
Por outro lado, quase um terço (31%) das empresas portuguesas não tem uma estrutura definida para prevenir a ocorrência de corrupção e outras infrações conexas, sendo que a existência de um código de conduta/código de ética (65%) e de um canal de whistleblowing (60%) são os procedimentos mais frequentemente utilizados.
Em sentido inverso, ferramentas como inteligência artificial direcionada para a deteção de padrões de fraude (14%) ou procedimentos especializados em eDiscovery (12%), fazem parte das empresas inquiridas. Entre os principais desafios para a identificação de fraude está a necessidade de alteração e integração dos sistemas internos existentes (30%) e custos elevados de software e hardware (26%).
Outro dado deste estudo revela que 23% das empresas inquiridas tiveram de lidar com eventos de fraude ou conduta imprópria no último ano, sendo os crimes cibernéticos, fraudes tecnológicas e o desvio de fundos/apropriação indevida de ativos as ocorrências mais comuns.
Paulo Fernandes, Partner da Deloitte, afirma que “com esta edição do Corruption & Fraud Survey, procura-se contribuir para uma maior consciencialização junto do mercado Português sobre a importância de uma abordagem preventiva, detetiva e remediadora”.
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