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Garrafa portuguesa Eco poupou mais de 180 toneladas de plástico descartável. Marca prepara expansão para Espanha e França

No segundo ano da atividade, nem a marca Eco conseguiu fugir aos impactos da pandemia: “preocupa-nos em particular que a atual pandemia possa vir a afetar os comportamentos sustentáveis dos consumidores”, conta André Paiva ao Jornal Económico.
5 Março 2021, 18h00

Lançada em 2018 com a missão de reinventar o consumo de água em Portugal através do desenvolvimento de garrafas reutilizáveis, que pudessem ser reenchidas nas fontes de filtragem, a garrafa reutilizável Eco está atualmente presente em cerca de 140 lojas do Pingo Doce em todo o país.

Criada com o objetivo de contrariar o consumo de plástico descartável, a marca Eco já comercializou um total de mais de 12 milhões de litros de água filtrada, o que corresponde a uma poupança superior a 180 toneladas de plástico descartável.

Ao Jornal Económico, o cofundador da Eco André Paiva afirma que o plano de expansão para outras geografias mantém-se, tendo como pontos de partida os mercados de França e Espanha, “onde temos pilotos já em fase de ajustes finais para arrancar em supermercados”, anunciando ainda que “muito brevemente iremos lançar estas soluções, que abrangem não só novos formatos, como novas funcionalidades”.

No entanto, nem a marca Eco foge aos impactos da pandemia: “Preocupa-nos em particular que a atual pandemia possa vir a afetar os comportamentos sustentáveis dos consumidores, registando-se alguma reconversão ao descartável, o que é preocupante”, diz o responsável.

Com entrada agora no seu terceiro ano de atividade, a garrafa portuguesa que faz apelo a uma nova forma mais responsável de consumir água, assume um compromisso de preservação ambiental, “lembrando que todos os anos cerca de 85 mil milhões de garrafas PET [politereftalato de etileno] são deitadas ao lixo e estima-se que seis mil milhões de quilos de plástico são lançados nos oceanos”, lê-se na nota enviada às redações, esta terça-feira.

O lançamento desta garrafa veio na sequência do apelo da Comissão Europeia, em 2018, para que as empresas se comprometessem voluntariamente a utilizar plástico reciclado, uma medida que serve para assegurar, já em 2025, que a União Europeia utilize 10 milhões de toneladas de plástico reciclado para fazer novos produtos.

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