A Gazprom declarou pela “primeira vez perdas em 2023, no valor de 7 mil milhões de dólares”, depois das suas vendas de gás para a Europa terem afundado com a invasão russa da Ucrânia.
Um artigo de análise do jornal digital espanhol elEconomista.es explica como a maior empresa da Rússia, que tem como acionista maioritário o estado russo, embora gerida privadamente, está a perder dinheiro com a guerra.
“O próprio Governo russo admite que as exportações de gás da Gazprom caíram 25,1% no ano passado, para 184,4 mil milhões de metros cúbicos, precisamente porque a política comunitária dá prioridade à dispensa do gás russo”, escreve o jornalista Luis M. García.
Seja como for, adianta: “o que é facto comprovado é que a Gazprom teve perdas em 2023 pela primeira vez desde 1999, com uma queda nas exportações de petróleo de 82%. A Gazprom anunciou que nunca produziu tão pouco gás como em 2023, algo que aumentou em 2024”.
A Gazprom controla 15% das reservas mundiais de gás, mas também produz enormes volumes de combustíveis à base de petróleo.
Na sequência da invasão da Ucrânia e do bloqueio da União Europeia às importações do gás russo, a Federação aumentou as suas exportações deste produto para a China em 48%. Entre as muitas coisas que foram ditas está a de que a Rússia pretendia construir um gasoduto para exportar gás da Sibéria para a China e a Índia, o seu outro mercado emergente. Mas, segundo refere o elEconomista, a China não estará pelos ajustes e até já baixou o teto dos 48% dessas importações.
O jornal adianta ainda que os 60% de gás russo consumido pela Europa terão caído para uns 5% na atualidade.
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