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Glovo despede 6,5% dos trabalhadores, mas equipa em Portugal não será afetada

Cerca de 250 trabalhadores da Glovo serão despedidos, anunciou o diretor executivo. Equipa que trabalha em Portugal não será impactada por este corte da força de trabalho, já confirmou fonte oficial ao Jornal Económico.
30 Janeiro 2023, 12h54

A Glovo vai reduzir a sua força de trabalho, a nível global, em cerca de 6,5%, foi anunciado esta segunda-feira pelo diretor executivo, Oscar Pierre. A decisão afetará, sobretudo, a equipa que trabalha na sede desta empresa, em Barcelona, e não terá impacto nos trabalhadores que prestam funções a partir de Portugal, confirmou o Jornal Económico junto de fonte oficial.

De acordo com a mensagem enviada por Oscar Pierre aos trabalhadores, cerca de 250 pessoas serão despedidas, decisão que impacta “principalmente” a equipa que hoje trabalha em Barcelona, “em áreas de apoio ao negócio, recrutamento e dados”. Nenhum estafeta ou “trabalhador da linha da frente” será afetado por esta redução da força de trabalho, garantiu ainda o diretor executivo.

Ao Jornal Económico, fonte oficial avançou que apenas alguns mercados locais serão impactos por estes despedimentos, “com reduções limitadas a um dígito”. Já Portugal não será impactado de todo, assegurou a empresa, que tem atualmente cerca de 140 trabalhadores por terras lusitanas.

Os trabalhadores afetados serão agora informados e acompanhados, sendo que a Glovo sublinha que irá cumprir “estritamente” as leis laborais dos países impactos por esta decisão.

No que diz respeito aos motivos por detrás destes despedimentos, o diretor executivo explicou esta manhã que o “rápido crescimento” da Glovo criou ineficiências nas suas operações, cenário que foi identificado no início de 2022. “Estávamos a planear corrigir essas ineficiências gradualmente durante 2023 através de uma análise aprofundada de cada departamento”, escreveu Oscar Pierre.

No entanto, desde outubro que a Glovo tem visto o seu crescimento desacelerar, impactada por vários factores externos. “A situação macroeconómica atual, com a subida dos juros e a inflação, reduz o poder de compra dos consumidores”, notou, deste modo, o referido responsável, que adiantou que, apesar das projeções positivas para 2023, a Glovo precisa, assim, de fazer ajustamentos.

“Ao crescer exponencialmente nos últimos anos, a Glovo tem o compromisso de construir um negócio economicamente sustentável. Para apoiar o nosso caminho até à rentabilidade num contexto de incerteza económica, estamos a otimizar a nossa estrutura operacional, colaboração e processos para nos tornarmos mais eficientes”, acrescentou um comunicado partilhado em Portugal.

De notar que este anúncio é feito poucos dias depois de a inspeção do trabalho de Espanha aplicar uma nova coima à Glovo por irregularidades com os seus distribuidores em Madrid. O serviço de entregas ao domicílio terá de pagar 57 milhões de euros, neste âmbito.

Atualizada às 13h17

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