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Goldman Sachs alerta para possível recessão com aumento das tensões comerciais

Especialistas do banco norte-americano esperam que as tarifas de 268 mil milhões de euros das importações da China e dos Estados Unidos entrem em vigor.
12 Agosto 2019, 09h55

Os economistas do grupo financeiro Goldman Sachs receiam que o aumento das tensões comerciais entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China possa levar a uma recessão. O banco não espera que seja alcançado um acordo de comércio entre as duas maiores economias do mundo antes da eleições presidenciais dos EUA em 2020, revela a agência noticiosa “Reuters” esta segunda-feira.

“Esperamos que as tarifas que visam os 300 mil milhões de dólares (cerca de 268 mil milhões de euros) das restantes importações dos EUA e da China entrem em vigor”, referiu o banco numa nota enviada aos seus clientes no domingo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a 1o de agosto que vai impor uma taxa aduaneira de 10% sobre as importações chinesas no valor de 268 mil milhões de a partir de 1 de setembro, levando a China a suspender as compras dos produtos agrícolas norte-americanos.

“No geral, aumentámos a nossa estimativa do impacto do crescimento da guerra comercial”, salientou o banco na mesma nota assinada por três dos seus economistas: Jan Hatzius, Alec Phillips e David Mericle.

Os Estados Unidos também declararam a China como um manipulador de moedas. A China nega que tenha manipulado o yuan para ganhos competitivos. A Goldman Sachs indica que reduziu a sua previsão de crescimento nos EUA para o quarto trimestre em 20 pontos-base, para 1,8%. Um impacto maior do que o esperado face à evolução das tensões comerciais entre os dois países.

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