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Governo coloca 315 milhões para atividade empresarial, revela ministro da Economia

Instrumento será gerido pelo Banco Português de Fomento. “No final de 2026 não haverá qualquer montante por aplicar das subvenções que a Comissão Europeia disponibilizou para Portugal, uma vez que todas as verbas que não seja possível executar em algum programa serão aplicadas na inovação empresarial através deste instrumento financeiro para a inovação e competitividade”, garante o ministro da Economia, Manuel Castro Almeida.
23 Setembro 2025, 10h33

O Governo lançou um instrumento financeiro destinado a apoiar a atividade das empresas portuguesas com um valor inicial de 315 milhões de euros. A informação foi dada pelo ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, na conferência ‘9 Chaves para o Futuro da Europa’ que assinala o 9º aniversário do Jornal Económico e que decorre esta terça-feira, na AESE Business School, em Lisboa.

“Este instrumento financeiro da inovação e competitividade é gerido pelo Banco Português de Fomento e arrancou com 315 milhões de euros que irão crescer por força dos ajustamentos que iremos fazer no PRR e irá apoiar mais investimentos inovadores que aumentarão a competitividade das empresas”, afirmou.

O ministro da Economia deixou a garantia que com a criação deste instrumento financeiro, “não haverá no final de 2026, qualquer montante por aplicar das subvenções que a Comissão Europeia disponibilizou para Portugal, uma vez que todas as verbas que não seja possível executar em algum programa serão aplicadas na inovação empresarial através deste instrumento financeiro para a inovação e competitividade”.

Manuel Castro Almeida salientou que só serão elegíveis para estas verbas do Plano de Recuperação e Resiliência projetos inovadores que se insiram em quatro linhas de apoio: reindustrializar; economia, defesa e segurança; ecossistema deep tech e inteligência artificial nas PME’s.

“Através destas quatro áreas, o apoio financeiro do PRR será canalizado para a reindustrialização do tecido empresarial num ambiente mais favorável à inovação”, referiu, acrescentando que será dada prioridade ao desenvolvimento e adoção industrial de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e o reforço da base industrial e tecnológica nacional de defesa e segurança.

Os primeiros três concursos deste instrumento vão ser lançados já na próxima semana, com a publicação de avisos para a aplicação dos primeiros 300 milhões de euros.

Nesse sentido, a linha de apoio reindustrializar terá 150 milhões euros disponíveis, a linha inteligência artificial das PMEs terá 100 milhões e a linha de economia de defesa e segurança terá 50 milhões de euros, com as duas últimas a integrarem-se nas recomendações do plano de Draghi e do quadro estratégico designado por Bússola para a Competitividade.

“Quanto mais as empresas crescerem, melhor para nós. O lucro não é um problema. O lucro de hoje será o capital próprio do investimento de amanhã. Só a criação de mais riqueza permitirá reduzir desigualdades, reforçar a coesão social e territorial e garantir a sustentabilidade do modelo económico e social da democracia portuguesa”, afirmou Castro Almeida.

O ministro da Economia defendeu que este instrumento revela uma aposta do Executivo numa economia mais competitiva, de valor acrescentado e diferenciador, orientada para resultados, onde o mérito é valorizado como investimento estimulado e a burocracia é combatida com determinação.

“É este o contributo do Governo para que as empresas possam dar corpo ao aumento das exportações e ao crescimento económico nacional para que todos estamos a trabalhar”, referiu.

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