Luís Montenegro afirmou que o Governo vai solicitar à agência de cooperação dos reguladores de energia da União Europeia “a realização de uma auditoria independente aos sistemas elétricos dos países afetados para o apuramento cabal das causas que tiveram na origem desta situação”.
“Não vamos poupar esforços nos esclarecimentos perante um problema sério que não teve origem em Portugal”, afirmou. O governante falava a meio da segunda reunião extraordinária do Conselho de Ministros em dois dias, na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, Lisboa, após o corte generalizado no abastecimento elétrico que afetou na segunda-feira Portugal e Espanha.
Sobre a comissão técnica independente, esta será constituída por sete personalidades, um especialista da energia, outro das redes e sistemas de comunicações, um da proteção civil, outro da saúde, e três personalidades indicadas pela Assembleia da República. “Não fixámos ainda o prazo para o seu funcionamento e, portanto, terá de ser remetido para a próxima legislatura em termos de funcionamento. Esta não é uma Comissão para produzir resultados à pressa, mas para avaliar e aprofundar mecanismos de reação, de gestão da crise, de recuperação do sistema elétrico, da resiliência das infraestruturas e dos serviços críticos”, explicou.
Segundo Montenegro, “todos os 6 milhões e 400 mil clientes de eletricidade em Portugal estão a ser alimentados”. “O sistema está a funcionar com a produção nacional”, disse. “Conseguimos fazer o reinício do sistema de produção de energia. Temos neste momento o sistema a funcionar de forma autónoma. É importante que saibam que os portugueses e as portuguesas saiba que temos capacidade de reiniciar o sistema de energia e, depois, o seu transporte a todos os clientes”, sublinhou.
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