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Governo está “a tomar medidas que impeçam transmissão de dados pessoais associada ao passe digital” de vacinação

Augusto Santos Silva defende que os certificados digitais devem existir, mas admite que têm de existir formas de acautelar os dados pessoais associados. Durante reunião plenária, o ministro dos Negócios Estrangeiros também rejeitou a ideia de que os efeitos da pandemia são “exclusivos das erradas decisões políticas”.
  • Augusto Santos Silva
3 Março 2021, 17h07

O ministro dos Negócios Estrangeiro, Augusto Santos Silva, assegurou, esta quarta-feira, que Portugal e os restantes países europeus estão a “a tomar medidas que impeçam a transmissão de dados pessoais associada ao passe digital”.

Depois de questionado pela deputada do Partido Social Democrata (PSD) Catarina Rocha Ferreira sobre as medidas que estavam a tomar em relação ao passe digital de vacinação, Augusto Santos Silva respondeu que: “Estamos a tomar medidas que impeçam a transmissão de dados pessoais associada ao passe digital”.

Uma preocupação que o ministro dos Negócios Estrangeiros tem manifestado em diversas ocasiões. A 21 de janeiro, durante audição da Comissão Parlamentar dos Assuntos Europeus, Augusto Santos Silva referiu ser “preciso construirmos uma certificação comum, uma certificação compatível da vacinação e esse é um elemento muito importante quer do ponto de vista da segurança, quer do ponto de vista da circulação”.

Quanto às críticas de Catarina Rocha Ferreira sobre os efeitos da pandemia serem “exclusivos das erradas decisões políticas”, Augusto Santos Silva refutou a ideia e explicou porque motivo Portugal tem tomado as decisões mais acertadas.

“É errada a ideia de que de um lado esteve a evolução cientifica e do outro lado, do lado errado teriam estado decisões políticas “, assegurou Augusto Santos Silva salientando o desempenho que a coordenação entre os países europeu teve no desenvolvimento das vacinas.

“Se não fosse a decisão política da União Europeia, tomada pelos chefes de estado e do governo, de construir um processo de aquisição em larga escala da União Europeia e depois um processo de distribuição das vacinas pelos estados membros, cujo único critério é a população respetiva de cada estado membro, se não fosse essa decisão política, os laboratórios da investigação, as universidades e as empresas não teriam as condições financeiras para que esta vacina fosse a vacina mais rapidamente produzida na historia da humanidade e fosse a vacina de distribuição mais maciça na história da humanidade”, afirmou Augusto Santos Silva.

Outra questão mencionada por Augusto Santos Silva, quanto às decisões políticas, prende-se com a colaboração com outros países. Nesta matéria, Augusto Santos Silva destacou que Portugal foi dos países mais céleres no que toca à organização de voos de repatriamento e que tem auxiliados os países com material, como testes PCR para deteção da Covid-19.

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